
A Secretaria de Saúde (Sesau) confirmou o primeiro óbito por dengue registrado no estado em 2025. A vítima, uma mulher de 48 anos que estava residindo temporariamente em Pacaraima, faleceu no dia 15 de abril após ser internada no Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento (HGR). O caso estava sendo investigado pela do Núcleo de Controle de Febre Amarela e Dengue da Sesau.
A causa da morte foi confirmada por exame laboratorial realizado pelo Laboratório Central (Lacen). Segundo a Secretaria, os sintomas da paciente iniciaram em 9 de abril, incluindo febre, mialgia (dor muscular), dor abdominal, cefaleia (dor de cabeça), vômitos e dor retroorbitária.
Conforme dados do painel de monitoramento da CGVS, atualizados em 14 de abril, Roraima contabilizava 720 notificações de dengue em 2025. Destas, 77 foram confirmadas, 136 são consideradas prováveis e 584 foram descartadas. O último óbito por dengue no estado havia sido registrado em 2022.

A paciente procurou atendimento pela primeira vez dia 12 de abril, no Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima, onde foi medicada. No dia 14, com agravamento do quadro, foi encaminhada ao HGR, onde o quadro evoluiu e avançou para o óbito no dia seguinte.
O caso foi comunicado pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HGR ao Núcleo de Controle de Febre Amarela e Dengue (NCFAD), da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), que iniciou o protocolo de investigação. A confirmação do diagnóstico ocorreu nove dias após a notificação inicial.
Segundo Rosangela Santos, gerente do NCFAD, a investigação de óbitos por dengue é fundamental para aprimorar a assistência aos pacientes. “O objetivo da investigação de óbito é identificar fatores que contribuem para o agravamento da doença e a morte, permitindo aí intervenções mais eficazes”, afirmou.
Controle e alerta epidemiológico contra dengue
Após a notificação, equipes estaduais e municipais de vigilância e endemias atuaram de forma conjunta em Pacaraima, realizando ações de controle vetorial e busca ativa de casos suspeitos nas proximidades da residência da paciente.
“O que chama a atenção para esse caso de óbito foi a sintomatologia mais crítica, que foi a dor abdominal que a paciente fez o relato. Fora isso, tivemos também a sintomatologia clássica da dengue, a mialgia, dor atrás dos olhos e febre”, reforçou Rosangela.
Atualmente, há registros de circulação do sorotipo DENV-2 na comunidade Boca da Mata, em Pacaraima. A CGVS alerta que os quatro sorotipos da dengue (1, 2, 3 e 4) circulam simultaneamente no Estado, e o alto fluxo de pessoas entre os municípios e a alta infestação do mosquito Aedes aegypti elevam o risco de aumento dos casos e epidemia.
“Esse fator, corroborado com o aumento da auto-infestação de Aedes, e esse período que nós estamos vivendo onde há chuvas e sol, também contribui para a proliferação do mosquito, todos esses fatores aumentam o risco para uma epidemia no Estado de Roraima”, acrescentou a gerente.
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