LISBOA, PORTUGAL, (UOL/FOLHAPRESS)
O governo dos EUA voltou atrás da decisão de cancelar mais de 1.500 vistos de estudantes estrangeiros. A medida anunciada nesta sexta-feira (25) é um alívio para imigrantes que teriam que retornar para seus países ou poderiam ser deportados.
Autoridades de imigração do país vão implantar um novo sistema de revisão e cancelamento de vistos de estudantes estrangeiros. Até que o processo seja concluído, as agências de imigração não devem alterar ou revogar os documentos já emitidos, explicou o advogado do Departamento de Justiça dos EUA, Joseph F. Carilli.
A medida foi anunciada após várias ações judiciais individuais foram movidas na Justiça norte-americana. Os estudantes reclamam de não terem sido avisados da revogação de seus vistos, nem dos motivos para tal.
ATOS PRÓ-PALESTINA
O governo Trump cancelou vistos e iniciou processos de deportação de estudantes que participaram de manifestação pró-Palestina. Os atos ocorreram no ano passado, durante uma onda de protestos contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza realizados em campus universitários por todo o país.
Os EUA também intensificaram ataques contra várias universidades. Renomadas instituições de ensino superior norte-americanas, como Columbia e Harvard, foram acusadas de permitir o antissemitismo nos campi.
Em janeiro deste ano, Trump assinou um decreto que prometia “ação imediata” para processar “ameaças terroristas, incêndios criminosos, vandalismo e violência contra judeus norte-americanos”. O presidente se comprometeu a mobilizar os recursos federais do Departamento de Justiça para combater o que chamou de “explosão do antissemitismo” desde o início da guerra em Gaza.
“Para todos os estrangeiros residentes que se juntaram aos protestos pró-jihadistas, nós os avisamos: em 2025, nós os encontraremos e os deportaremos”, disse Trump em um informativo no início do ano.
“Também cancelarei rapidamente os vistos de estudante de todos os simpatizantes do Hamas nos campi universitários, que estão infestados de radicalismo como nunca antes”, completou o republicano.