A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (25), quatro policiais civis suspeitos de receber propina de influenciadores do funk envolvidos em rifas ilegais promovidas nas redes sociais. A operação, batizada de “Latus Actio III”, é um desdobramento de investigações anteriores e contou com o apoio do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Corregedoria da Polícia Civil.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva nas cidades de Mauá, Santo André e São Paulo. Os alvos são policiais civis lotados no 6º Distrito Policial de Santo André. A Justiça também determinou a quebra dos sigilos bancários dos investigados.
De acordo com as investigações, os agentes utilizavam procedimentos de Verificação de Procedência de Informações (VPI) para supostamente apurar a realização de rifas ilegais por influenciadores digitais. As condutas, em tese, poderiam configurar crimes como exploração de jogos de azar, estelionato e lavagem de dinheiro.
Entretanto, segundo a PF, o real objetivo dos policiais era extorquir os investigados e seus advogados, exigindo pagamentos em troca da suspensão das apurações.
A operação integra a Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco/SP), composta pela PF, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
A primeira fase da operação “Latus Actio” foi deflagrada em março de 2023, e a segunda, em dezembro do mesmo ano. Em uma das ações anteriores, foram apreendidos objetos de luxo, como joias e correntes douradas. O MC Paiva foi um dos alvos de mandados na segunda fase, quando teve itens pessoais apreendidos. Ele mantém um perfil com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, onde ostenta uma vida de ostentação.