
Defesa de Vitor Gomes Alves de Paula, de 21 anos, alegou que vítima também não tinha habilitação e estava com documento da moto atrasado. Desembargadora Jaqueline Adorno de La Cruz Barbosa negou os pedidos de soltura da defesa. Vitor Gomes Alves de Paula de 21 anos foi preso pelo acidente na BR-153 que provocou a morte de uma jovem de 25 anos
Reprodução
Um pedido de habeas corpus proposto pela defesa de Vitor Gomes Alves de Paula, de 21 anos, motorista da BMW de luxo que atropelou e matou a motociclista Maria Alice Guimarães da Silva, 25 anos, foi negado em segunda instância do Tribunal e Justiça. O acidente aconteceu em trecho da BR-153 em Araguaína, norte do estado.
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O acidente ocorreu no dia 22 de março, às 6h33. Maria Alice estava indo para o trabalho de moto, quando foi atingida por trás e morreu no local. No dia 3 de abril, Vitor se tornou réu por homicídio qualificado, em ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Araguaína.
O g1 pediu posicionamento à defesa de Vitor e não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Em pedido para liberdade do jovem, a defesa alegou que apesar dele não estar habilitado para conduzir o veículo, a motociclista vítima do acidente também não tinha CNH. Inclusive, o pedido cita infrações de trânsito que teriam sido cometidas por Maria Alice antes do acidente.
A defesa alega que os fatores ‘devem ser considerados na análise global do pedido, uma vez que podem ter contribuído para a ocorrência do sinistro’.
Como a moto de Maria Alice estava com dois anos de documento atrasado, a defesa também citou que houve negligência por parte dela. “A negligência se reflete na insistência em conduzir um veículo sem estar legalmente habilitado, ignorando os riscos associados a essa prática”, diz parte do texto do pedido de habeas corpus impetrado no dia 1º de abril.
Com as alegações, a defesa pediu a revogação a prisão preventiva de Vitor, a substituição da custódia privativa por medidas cautelares alternativas e a soltura do réu.
Entretanto, a relatora do processo, desembargadora Jaqueline Adorno de La Cruz Barbosa, negou os pedidos no dia 15 de abril, considerando que não houve “qualquer ilegalidade ou arbitrariedade na decisão que decretou ou manteve a custódia preventiva do paciente”, ou seja, não há irregularidades na determinação da prisão de Vitor.
Maria Alice morreu após ser atingida por carro na BR-153, em Araguaína
Arquivo Pessoal
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Relembre o acidente
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Reprodução/TV Anhanguera
Vitor foi preso em flagrante e a Justiça converteu a prisão em preventiva. Ele segue preso na Unidade Penal de Araguaína.
Maria Alice estava indo para o trabalho no momento do acidente e deixou dois filhos, de seis e nove anos. A investigação pericial apontou que no local do acidente não ficaram marcas de frenagem.
No carro estavam Vitor, Gustavo Fidalgo Vicente Filho, de 20 anos, que era responsável pelo veículo, e um terceiro ocupante. Gustavo foi autuado pela Polícia Civil por ter dado a direção para Vitor, que não tinha habilitação. Ele deve responder a um processo separado.
No dia do acidente, Vitor se recusou a fazer o teste de bafômetro. Os três teriam saído de uma festa quando passaram pela rodovia em alta velocidade e atingiram a moto de Maria Alice.
De acordo com a Polícia Civil, foi identificado que os jovens estavam pulseiras rosa nos pulsos, que indicavam a presença em uma festa na madrugada, pouco tempo antes do acidente. Os investigadores foram até a boate e confirmaram, por meio de câmeras de segurança, que os três amigos estiveram no local.
Conforme investigação da Polícia Civil, Vitor dirigia o carro a cerca de 200 km por hora. Várias câmeras de monitoramento que ficam na BR-153 registraram o acidente que matou Maria Alice.
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