Israel retomou sua ofensiva militar contra a Faixa de Gaza em 18 de março, após um cessar-fogo de dois meses.
“Se não virmos avanços no retorno dos reféns em um futuro próximo, expandiremos nossas atividades para uma operação mais importante”, declarou o Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, durante uma visita às tropas em Gaza.
Na região de Jabaliya, no norte da Faixa, nove pessoas morreram e várias ficaram feridas em um ataque contra o que antes era uma delegacia de polícia, informou o hospital Indonésio, onde os corpos foram levados.
O exército israelense confirmou em um comunicado que realizou um ataque nesse setor, contra um “centro de comando e controle” do movimento islamista palestino Hamas, mas não especificou se o alvo era a delegacia.
Na Cidade de Gaza, também no norte do território, seis membros de uma mesma família — um casal e seus quatro filhos — morreram quando um bombardeio atingiu sua residência, informou a Defesa Civil palestina.
Um parente, Nidal al Sarafiti, disse que o ataque ocorreu enquanto dormiam. “O que posso dizer? A destruição não perdoa ninguém”, disse à AFP.
Outros bombardeios mataram pelo menos 21 pessoas, especialmente em Khan Yunis, no sul da Faixa; em Zuwaida, no centro; e na Cidade de Gaza.
“Um por um, estamos caindo como mártires. Eles nos despedaçaram. Mataram os filhos dela e ela, eles os reduziram a pedaços”, disse Rania al-Jumla, referindo-se à irmã, que foi morta em um bombardeio. “Não aguentamos mais. Todo dia é a morte”.
Desde que Israel retomou as operações militares em Gaza, pelo menos 1.978 pessoas morreram, o que eleva o balanço a 51.355 mortos desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.
A guerra entre Israel e Hamas foi desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino contra Israel em 7 de outubro de 2023, no qual 1.218 pessoas morreram, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
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