UESLEY DURÃES E LUIS ADORNO
SÃO PAULO, SP E RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)
Um confronto entre policiais militares acabou com um PM morto e outros quatro feridos na noite desta terça-feira (22) em um apartamento na zona norte de São Paulo. SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) disse que um agente se suicidou, o que contraria o boletim policial.Policiais foram chamados para intervir durante o surto de um PM, que ameaçava se suicidar em seu apartamento. Com a chegada de agentes do 4º Batalhão do Choque ao imóvel, tiros foram disparados e o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foi acionado para a ocorrência, que terminou com morte e feridos.
Soldado estava armado na sacada do apartamento. Por mais de uma hora os policiais tentaram convencê-lo de largar a arma e sair da sacada, mas sem sucesso. O PM chegou a disparar um tiro, que não atingiu ninguém. Então, o Gate foi acionado para conduzir a ocorrência seguindo o protocolo de Controle e Condução de Crise da polícia.
O Gate tentou entrar no apartamento, mas, segundo registro, o PM desferiu três tiros. O grupo recuou com três agentes feridos na coxa e panturrilha. Os policiais, Wilson Nakashima, Vitor Corniani e Pedro Henrique Gonçalves foram socorridos conscientes e estáveis.
Agentes tentaram entrar no imóvel novamente e mais tiros foram disparados. Já na madrugada desta quarta-feira (23), com nova tentativa do Gate de imobilização, o PM voltou a atirar e acertou outro agente, dessa vez no rosto Raphael Romão Penna, que foi resgatado consciente.
PM em crise morreu após ser “neutralizado”, segundo boletim de ocorrência policial. De acordo com registro oficial da Polícia Militar, “o causador da crise foi neutralizado tendo seu óbito constatado às 3h05”. O talão documental da operação não especificou a causa da morte do homem.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública), no entanto, disse que o caso se tratou de um suicídio. Sem dar detalhes da ocorrência, a pasta não comentou sobre a ação para neutralizar o PM afirmando que “detalhes serão preservados devido a natureza da ocorrência”.