SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A JBS informou, na última terça-feira (22), que recebeu o aval da SEC (Sigla, em inglês, para Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) para listar suas ações na Nyse, a Bolsa de Nova York. O órgão é responsável pela regulação do mercado de capitais no país.
A empresa revelou que seu conselho de administração aprovou convocação para 23 de maio de assembleia extraordinária de acionistas sobre o plano de dupla listagem de ações, segundo fato relevante disponibilizado ao mercado.
Com a dupla listagem, as ações da JBS passariam a ser negociadas tanto nos EUA quanto no Brasil. A operação também depende da aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e dos acionistas.
A companhia, maior produtora de carnes do mundo, pretende listar ações na bolsa de Nova York, algo que deve dar à empresa uma base mais ampla de investidores e de capital. Atualmente, a listagem primária da JBS está no Brasil.
“Acreditamos que essa operação vai aumentar nossa visibilidade no cenário internacional, atrair novos investidores e fortalecer ainda mais nossa posição como líder global de alimentos”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, em nota.
Caso a proposta seja aprovada pela assembleia, a companhia estima o início da oferta das ações no mercado norte-americano a partir de junho.
Na assembleia do dia 23, a JBS afirmou que a pauta envolverá os assuntos que incluem a contratação da KPMG para elaboração do laudo de avaliação do valor das ações da JBS SA e aprovação do laudo que calculou em R$ 44,78 bilhões o valor de patrimônio líquido contábil da JBS SA.
Segundo comunicado da JBS, os acionistas minoritários terão total poder de decisão sobre a dupla listagem.
A J&F, holding da família Batista, e a BNDESPar, os dois principais acionistas em volume de papeis, vão se abster de votar, o que deixará a decisão a cargo de detentores de pouco mais de 30% do free float da companhia.