Caso Vitória: reconstituição é remarcada sem suspeito presente

Vitória Regina de Sousa desapareceu após relatar medo de perseguiçãoReprodução/redes sociais

A Polícia Civil marcou para a próxima quinta-feira (24), às 10h, a nova data da reconstituição da morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo. A simulação do crime, que estava prevista inicialmente para o dia 10 de abril, acontecerá sem a presença do único indiciado, Maicol Santos, preso desde março.

A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) ao Portal iG. De acordo com a pasta, os laudos periciais foram finalizados no dia 17 e encaminhados às autoridades responsáveis pelo inquérito.

A Justiça determinou que Maicol não participe da reconstituição. A defesa dele alegou que a dinâmica do crime ainda não está completamente esclarecida e que, por isso, não haveria como reconstruí-la com fidelidade.

Relembre o caso

Vitória Regina foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem em um ponto de ônibus e, depois, entrando em um coletivo. Em mensagens enviadas a uma amiga, ela relatava o comportamento suspeito de dois homens que estavam no local. Ambos teriam embarcado no mesmo ônibus e um deles se sentado atrás dela.

No caminho para casa, Vitória chegou a dizer que os dois homens não haviam descido com ela. “Tá de boaça”, escreveu, em sua última mensagem antes de desaparecer. O corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área rural de Cajamar, em avançado estado de decomposição. A identificação foi feita pela família, com base nas tatuagens e em um piercing no umbigo.

Maicol Santos foi preso no dia 8 de março, após confessar o assassinato. Ele responde por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Exames apontaram a presença de sangue de Vitória na casa dele e vestígios do DNA da jovem também foram encontrados no carro do suspeito.

O laudo confirmou que ela morreu em decorrência de hemorragia interna e externa, mas não foi possível identificar se houve violência sexual, devido ao estado do corpo. Apesar da confissão, os peritos não conseguiram comprovar que a morte tenha ocorrido dentro do veículo, como declarou o suspeito.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.