Este som da onça-pintada indica alerta no Pantanal, e você nunca vai esquecer quando ouvir

Este som da onça-pintada indica alerta no Pantanal, e você nunca vai esquecer quando ouvir
Imagem criada com IA

Imagine a calmaria da mata pantaneira interrompida por um rugido grave, forte e vibrante. Esse som — uma mistura de ronco e tosse abafada — é o aviso mais sério da onça-pintada. Pouca gente sabe, mas esse felino vocaliza de formas específicas para comunicar alerta, presença ou ameaça, e quem já ouviu garante: é impossível esquecer.

A comunicação sonora da onça-pintada

Diferente do miado comum em felinos domésticos, a onça-pintada utiliza sons baixos, guturais e intensos. O mais famoso deles é o “esturro”, uma espécie de rugido abafado que pode ser ouvido a quilômetros de distância. Esse som tem função territorial e de advertência, sendo frequentemente emitido quando o animal percebe outro predador ou humano invadindo seu espaço.

Como é esse som e por que ele assusta

O esturro começa com uma inspiração profunda e se transforma em uma sequência de roncos que se assemelham a um motor engasgando ou um trovão distante. O impacto desse som não está apenas no volume, mas na frequência: ele reverbera no peito de quem ouve. É como se a mata vibrasse junto, criando um efeito primal que ativa um instinto ancestral de cautela.

O papel do som da onça-pintada no território

A onça-pintada vive de modo solitário e territorial. O som serve como uma barreira invisível. Ao vocalizar, ela comunica a outros indivíduos que aquele espaço já está ocupado. Isso evita confrontos diretos e contribui para a manutenção do equilíbrio na mata. Em áreas de floresta densa, onde a visibilidade é limitada, o som é essencial para a comunicação entre os animais.

Quando a onça-pintada vocaliza com mais frequência

É comum ouvir esse rugido ao amanhecer ou no crepúsculo, horários em que a onça está mais ativa. Durante a época de reprodução, os machos vocalizam para atrair fêmeas e afastar concorrentes. Também emitem sons mais intensos quando percebem ameaças, como aproximação humana, presença de drones ou cheiro de caçadores.

Como diferenciar de outros sons da mata

Ao contrário de um bugio ou de uma arara, o som da onça-pintada é inconfundível por sua vibração profunda. Ele não tem melodia, não tem repetição cantada — é bruto, direto, como um aviso de que algo grande está próximo. Esse som já foi confundido com ruídos mecânicos ou trovões por quem não está acostumado com a vida na floresta.

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Registros raros e emocionantes

Diversos projetos de monitoramento ambiental captaram os sons da onça por armadilhas sonoras e câmeras com microfone. Os áudios gravados geralmente mostram uma reação imediata da fauna: silêncio, paralisação ou fuga. É uma orquestra natural interrompida por um comando de alerta máximo.

Muitos pantaneiros relatam que ouvir o rugido da onça pela primeira vez é uma experiência que marca. “O som entra no peito”, dizem. Ele provoca respeito imediato. Em algumas comunidades ribeirinhas, esse som é interpretado como aviso da natureza — uma forma da mata proteger seus limites.

À medida que o desmatamento e o ruído humano aumentam, os sons naturais como o da onça-pintada são abafados. Rodovias, tratores, queimadas e motos comprometem a comunicação dos animais. O desaparecimento desses sons é um indício preocupante da perda de biodiversidade e conexão com o ambiente.

O rugido da onça-pintada não é apenas um som. É uma presença, um aviso ancestral e um lembrete de que, mesmo em silêncio, a natureza fala. E quando ela fala com a voz da onça, o mundo escuta.

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