A escolha do novo bispo de Roma segue uma tradição centenária e sigilosa. O Conclave, palavra originada do latim que significa “com chave”, deve iniciar 15 dias, no mínimo, após a morte de Papa Francisco, que ocorreu na última segunda-feira (21).
Este período pode ser adiado até no máximo 20 dias. Dentro deste prazo, cardeais eleitores que estarão presentes em Roma devem participar do processo, que ocorre na Capela Sistina, no Vaticano.
Quem pode votar ou ser eleito o novo Papa?
Tecnicamente, qualquer homem solteiro e em comunhão com a Igreja Católica pode ser eleito. Porém, desde o século XIV, são escolhidos cardeais do Colégio dos Cardeais, que são os aptos a votarem no processo. Ter menos de 80 anos é um dos critérios para participar da votação.
Como ocorre o processo de votação?
Toda a cerimônia ocorre de forma presencial. Em envelopes, o cardeais escrevem uma frase em latim que significa “Escolho como pontífice supremo” junto com o nome de quem será votado. Este processo ocorre de forma anônima, mas é proibido que um cardeal vote em si mesmo.
Para ser eleito, o cardeal precisa receber dois terços dos votos. Caso isso não aconteça, são feitas outras votações durante quatro dias de Conclave, duas pela manhã e duas pela tarde. Nos últimos anos, o processo não chegou a durar quatro dias.
Anúncio e fumaça branca: Habemos Papa
Três cardeais são escolhidos para contar o votos. Em seguida, o mais votado responde se aceita assumir a posição e em seguida escolhe livremente o nome que será chamado.
As cédulas são queimadas com uma substância química que indica a cor do resultado: preto, caso não for definido, e branco, caso o novo pontífice seja escolhido.
Fiéis e a imprensam aguardam a coloração da fumaça para receber a notícia. Após cerca de uma hora, o novo Papa aparece na sacada em frente à Praça de São Pedro e fala brevemente aos que estão presentes.
Este processo deve ocorrer entre os dia 6 e 11 de maio.
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