Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa Francisco tem se destacado não apenas por suas palavras, mas por gestos simbólicos que traduzem sua visão de uma Igreja próxima do povo, misericordiosa e comprometida com os mais vulneráveis. Atitudes simples e impactantes revelam a essência do pontífice, que busca inspirar fiéis e lideranças religiosas em todo o mundo. A seguir, relembre alguns dos momentos mais marcantes de seu pontificado.
O Papa que pediu orações ao ser apresentado ao mundo
Logo após ser eleito, Francisco surpreendeu os fiéis reunidos na Praça São Pedro ao saudá-los com um singelo “Boa noite” e se inclinar diante da multidão para pedir orações. O gesto simples e carregado de humildade marcou o início de um pontificado voltado ao diálogo e à proximidade com o povo.
Solidariedade com os migrantes
A primeira viagem do Papa foi à ilha de Lampedusa, em 8 de julho de 2013. Lá, ele chorou pelos migrantes que morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo, gesto que simbolizou sua constante preocupação com os deslocados. Essa visita deu início a uma série de iniciativas de acolhimento e integração dos migrantes em diversos países.
Primeiro encontro com o povo brasileiro
Durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, também em 2013, Francisco emocionou os fiéis com sua simplicidade. Um dos momentos mais lembrados foi o abraço ao menino Nathan de Brito, de 9 anos, que expressou ao Papa seu desejo de se tornar padre.
Visitas às periferias de Roma
O Papa também ficou conhecido por deixar o Vaticano para visitar famílias, instituições e comunidades em situação de vulnerabilidade nas periferias de Roma. Nessas ocasiões, ofereceu palavras de consolo e apoio a pessoas em sofrimento, reafirmando seu compromisso com os excluídos.
Defesa da dignidade com os “três Ts”
Em outubro de 2014, Francisco reuniu-se com movimentos populares em Roma e defendeu a importância de garantir “terra, teto e trabalho” para todos. A ideia foi reiterada em encontros posteriores, como na Bolívia, em 2015, quando o Papa falou da necessidade de substituir “a globalização da indiferença pela globalização da esperança”.
Ano da Misericórdia e a primeira Porta Santa na África
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado em 2015, teve início simbólico na República Centro-Africana, país em guerra. Ao abrir a Porta Santa na catedral de Bangui, Francisco destacou que a misericórdia deve ser levada às periferias e aos locais mais sofridos.
Silêncio diante da crueldade em Auschwitz
Em 2016, o Papa visitou os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, na Polônia. Em silêncio, orou pelas vítimas do Holocausto e deixou uma mensagem no livro do memorial: “Senhor, perdão por tanta crueldade!”.
Compromisso com os povos da Amazônia
Durante viagem ao Peru, em 2018, Francisco manifestou preocupação com os povos originários da Amazônia e os riscos enfrentados por suas terras. O discurso em Puerto Maldonado foi um marco no processo que levou à realização do Sínodo para a Amazônia, em 2019, e à publicação da exortação apostólica Querida Amazônia.
Valorização do matrimônio e da família
Além de celebrar casamentos pessoalmente, como o da brasileira com um ex-guarda-suíço, o Papa convocou dois sínodos sobre a família e lançou a exortação Amoris Laetitia. A importância da união familiar foi destacada novamente durante o ano especial dedicado ao tema, em 2021.
Gesto de paz ao beijar os pés de líderes em guerra
Em 11 de abril de 2019, o Papa comoveu o mundo ao se ajoelhar e beijar os pés de líderes rivais do Sudão do Sul, pedindo que abandonassem a guerra civil. O ato, ocorrido durante um retiro espiritual no Vaticano, foi um apelo dramático pela paz e pela reconciliação.
Com essas atitudes, o Papa Francisco se consolidou como uma liderança espiritual que alia fé, coragem e sensibilidade, promovendo uma Igreja mais próxima, humana e atenta aos clamores do mundo.