

Chapecó é uma das cidades com maior valor registrado na intenção de compras para a Páscoa – Foto: MB Comunicação/ND
Chapecó, no Oeste do estado, é uma das cidades de Santa Catarina com o maior valor registrado na intenção de compras para a Páscoa. O valor passou de R$ 261,07 em 2024 para R$ 296,10 neste ano, segundo dados divulgados pelo Sicom (Sindicato do Comércio).
O período intensifica o movimento no comércio, especialmente na busca por chocolates. Para avaliar os gastos com a Páscoa, a Fecomércio SC levantou a intenção de compras em sete cidades catarinenses, com 2,1 mil pessoas entrevistadas entre 13 e 21 de março.
Conforme a pesquisa, o gasto médio previsto no Estado é de R$ 233,20, o maior valor da série histórica iniciada em 2018. Os dados indicam um aumento nominal de 2,1%, mas, ao considerar os efeitos da inflação, há uma queda real de 2,6% na intenção de compras.
Segundo o relatório da Fecomércio, esse recuo já era esperado devido ao cenário de alta nos preços e à redução da intenção de consumo das famílias catarinenses nos últimos meses.
Mesmo com a elevação dos preços e a redução na intenção de consumo, 60,7% dos consumidores afirmaram que sua situação financeira está igual ou melhor em comparação aos anos anteriores.
Tipos de ovos
Em relação aos tipos de produtos, os consumidores devem gastar mais com ovos de Páscoa tradicionais, com desembolso médio de R$ 265,00. Em seguida, aparecem os ovos artesanais, com gasto médio de R$ 248,00.
Chocolates artesanais, de modo geral, devem gerar uma média de R$ 239,00 em compras, enquanto os chocolates tradicionais devem alcançar um gasto médio de R$ 174,00.
Gastos com a Páscoa no Brasil
Em nível nacional, as vendas relacionadas à Páscoa devem ter uma leve queda em 2025, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A previsão é de um faturamento de R$ 3,36 bilhões, uma retração de 1,4% em relação ao ano anterior, já descontada a inflação.

Chocolate apresentou alta e pode influenciar na intenção de compras do consumidor – Foto: Getty Images/iStockphoto/ND
O principal fator por trás dessa redução está nos preços dos produtos mais procurados no período. O chocolate, por exemplo, tem previsão de alta de quase 19%, o maior reajuste em mais de uma década, conforme o órgão.
Esse aumento é atribuído à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real, que passou de R$ 5,00 para R$ 5,80 em um ano.
Aumento de 7,4% na cesta
Outros itens comuns nesta época também ficaram mais caros, segundo a CNC. O bacalhau e o azeite de oliva, por exemplo, registram altas próximas de 10%. No geral, a cesta com oito itens relacionados à data deve ter aumento médio de 7,4% nos preços em comparação ao ano passado.