Milicianos presos em festa em Caxias se aliaram a traficantes, diz polícia


O delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), Álvaro de Oliveira Gomes, afirmou que as duas organizações criminosas se aliaram por razões estratégicas. Presos em operação da Polícia Civil contra milícia em Duque de Caxias
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Os suspeitos de integrar uma milícia em Duque de Caxias que foram presos em uma festa no último domingo (13) se aliaram ao Terceiro Comando Puro (TCP), uma facção ligada ao tráfico de drogas, diz a polícia.
O delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), Álvaro de Oliveira Gomes, afirmou que as duas organizações criminosas se aliaram por razões estratégicas na região do Parque São Bento, no município da Baixada Fluminense. Segundo ele, o TCP domina áreas próximas à região:
“Em tese, a milícia está ali pra evitar a invasão do tráfico. Mas acabou sendo uma oportunidade de um elo, uma simbiose em que a milícia acaba trabalhando para ou com o tráfico”, afirmou o delegado.
“Acabam servindo como matadores de aluguel, por exemplo. Os milicianos se aproveitavam de ter criminosos em volta que tinham o domínio territorial, além de ter vantagem econômica”, acrescentou.
Segundo ele, o impacto na região após as prisões promete ser grande:
“Aquela área é quase rural em alguns trechos. Tirar boa parte da organização criminosa de circulação evita com que os moradores passem pelo suplício de extorsões regulares, vivendo sob jugo do medo”, finalizou.
Relembre o caso
Rogério Moura Ferreira, chefe da milícia do parque São Bento, em Duque de Caxias
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Durante a ação foram presos o chefe da milícia da região, identificado como Rogério Moura Ferreira, e Leonardo Souza Ferreira, o “PQD”, contra o qual havia um mandado de prisão por homicídio.
Após trabalho de monitoramento e cruzamento de dados, o setor de inteligência da Polícia Civil descobriu que seria realizada uma festa de comemoração do aniversário de integrantes de uma milícia que atua na região.
Durante a madrugada, agentes da agentes da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e da 38ªDP (Brás de Pina) foram até o estabelecimento comercial e efetuaram as prisões.
Na chegada ao local, que tem piscina, churrasqueira e campo de futebol, os policiais se depararam com alguns milicianos fazendo a segurança do evento do lado de fora.
No interior do estabelecimento os policiais identificaram outros milicianos, todos armados. Alguns tentaram fugir pulando o muro para uma área de mata. Após troca de tiros, os milicianos foram alcançados e capturados.
Os agentes apreenderam armas, dentre eles 7 pistolas, uma espingarda, além de um simulacro de arma de fogo, e materiais bélicos como placas balísticas e equipamentos táticos.
O miliciano identificado como ‘PQD’ foi hospitalizado porque torceu o pé durante a fuga dos policiais. De acordo com a polícia, todos os envolvidos tinham diversas passagens pela polícia.
Polícia prendeu suspeitos de integrar milícia e apreendeu armas e outros itens
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