
Deputado reclamou de partidos da base aliada do governo Lula por terem assinado votação de urgência da proposta. Maioria dos apoios vêm de União, PSD, MDB, PP e Republicanos. Deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) vai assumir a liderança do PT em fevereiro.
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fala sobre o projeto de lei da anistia em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews. Segundo ele, o fato de o PL ter protocolado o pedido de urgência não muda nada e não necessariamente significa que está mais próxima a anistia para quem foi ou for condenado pela tentativa de golpe de estado e pelo 8 de janeiro.
“Isso não muda rigorosamente nada. Eles estão dando como fato que conseguir as assinaturas, significa que o projeto será pautado. Isso é falso. Sabe quantos projetos têm aqui [na Câmara] com assinaturas para requerimento de urgências? 2.245. Agora, temos 2.246”, afirmou o líder do PT na Câmara.
Farias já reclamou abertamente de partidos da base aliada do governo Lula que assinaram a urgência para se votar a proposta.Os apoios destes partidos correspondem a mais da metade das assinaturas obtidas até agora.
Até agora, a maioria dos apoios na Câmara vêm de União, PSD, MDB, PP e Republicanos, que possuem cargos no governo: União Brasil (37 assinaturas), PSD (23), MDB (21), Republicanos (25) e PP (34) têm contribuído para dar fôlego à discussão.
Na quarta-feira (9), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) se reuniu com Jair Bolsonaro, principal defensor do projeto.
Na oportunidade, o ex-presidente manifestou confiança de que, caso o requerimento de urgência atingisse as assinaturas necessárias, Motta o colocaria em discussão.