BRUNO LUCCA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou as corregedorias das polícias. Para ele, “não precisamos de alguém a todo momento falando de punição” aos agentes.
Nunes seguiu dizendo que ninguém defende excessos, mas fazer o patrulhamento da atividade policial não é benéfico.
“Ou não vamos ter policiais com coragem para sair na rua e enfrentar a criminalidade”, seguiu o mandatário.
O prefeito esteve num evento na Câmara Municipal, na noite desta segunda (14), para o lançamento de uma Frente Nacional Contra o Crime Organizado, ao lado de membros do MBL (Movimento Brasil Livre).
O segundo mandato do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem apresentado foco em temas ligados à segurança pública, com vários anúncios da gestão municipal e com a participação de Nunes em eventos.
A estratégia passou a ser vista por aliados e opositores como investimento para 2026, para uma eventual candidatura ao Governo de São Paulo.
A frente contra o crime organizado lançada nesta segunda será comandada pela vereadora Amanda Vettorazzo (União-SP). O grupo pede uma união nacional por maior segurança no país.
Segundo os organizadores, a inanição do governo Lula (PT) exige mais ação de outras esferas.
Algumas propostas da frente são projetos de lei: o conhecido PL anti-oruam, um PL pelo ensino cívico-militar nas escolas, e um PL anti MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto).
Ainda há um PL contra flanelinhas, aquelas pessoas que vigiam carros nas cidades. Além disso, existe a defesa para uma mudança no nome das guardas municipais para polícias.
Algumas CPIs também foram propostas: uma sobre aborto, para investigar supostos procedimentos ilegais em São Paulo, e a proibição de pancadões na capital.
Com isso, segundo a vereadora Vettorazzo, os cidadãos se sentiriam mais seguros.
Estiveram no evento também o secretário municipal de segurança, Orlando Morando, o deputado federal Kim Kataguiri (União) e o fundador do MBL, Renan Santos.
“Nós precisamos de guerra. Prender e matar as lideranças do crime organizado”, disse Santos. Todos na mesa assentiram. Santos, em seu discurso, também defendeu que a polícia possa “levar a óbito” quem resistir a abordagens. Ele ganhou um abraço de Nunes ao fim da fala.