A dor nas costas é uma das queixas de saúde mais comuns entre os brasileiros. Embora, na maioria dos casos, ela possa ser resolvida com repouso, exercícios e cuidados básicos, há situações em que o incômodo persiste ou se agrava — e pode indicar problemas mais sérios. Em 2022, por exemplo, quatro meses antes da Copa do Mundo do Catar, o narrador Galvão Bueno foi submetido a uma cirurgia na coluna lombar (para corrigir a fissura preexistente na L5) após se queixar de dores na região.
De acordo com o neurocirurgião Rodolfo Carneiro (CRM-SP 141.661 e RQE 50.652), é fundamental saber identificar os sinais de alerta que indicam a necessidade de avaliação médica especializada. O especialista reforça que o diagnóstico precoce é essencial para evitar danos mais graves. “Quanto antes a causa da dor for identificada, melhores são as chances de um tratamento eficaz e menos invasivo. Cuidar da coluna é fundamental para manter a qualidade de vida”, salienta.

Confira os principais pontos de atenção:
Dor persistente por mais de seis semanas: se a dor nas costas não apresenta melhora após esse período, mesmo com o uso de tratamentos conservadores, é hora de procurar um especialista. A persistência do sintoma pode estar associada a condições mais complexas, que exigem diagnóstico preciso.
Limitações nas atividades diárias: quando a dor interfere na rotina, dificulta a mobilidade ou afeta de forma significativa a qualidade de vida, buscar ajuda médica é fundamental para evitar o agravamento do quadro.
Sinais neurológicos associados: dormência, formigamento ou fraqueza nos braços ou pernas podem ser indicativos de compressão dos nervos da coluna vertebral. Nesses casos, o atendimento deve ser imediato.
Histórico de lesões ou cirurgias na coluna: pacientes que já sofreram lesões ou passaram por cirurgias na coluna devem manter acompanhamento frequente com um especialista, visando a prevenção de complicações.
Predisposição genética: quem tem casos de hérnia de disco, estenose espinhal ou outros problemas na família precisa redobrar a atenção. A avaliação preventiva pode fazer a diferença no controle e na evolução dessas condições.
Dor no pescoço e dores de cabeça frequentes: esses sintomas podem estar ligados a alterações na coluna cervical e também merecem investigação médica.
Perda de peso sem explicação ou alterações no controle da bexiga e intestino:
esses sinais indicam emergência médica e requerem atendimento imediato.