Tiroteio em baile na Ceilândia deixa duas pessoas mortas, incluindo criança de 3 anos

Por Daniel Xavier
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Na noite deste domingo (15), por volta das 23h20, um tiroteio durante um baile na QNM 06, Conjunto E, em Ceilândia Norte, deixou quatro pessoas feridas. Entre as vítimas estava uma criança de 3 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), além de uma mulher de 39 anos. Outras duas pessoas também foram baleadas.

O tiroteio teve início após uma discussão entre dois homens no baile. Um deles deixou o local e retornou momentos depois com um adolescente de 15 anos, contratado para executar o rival que permanecia no evento. O jovem chegou armado e disparou contra os presentes, atingindo diversas pessoas. Uma das vítimas, estava com a neta no colo quando foi baleada; ambos ficaram feridos. Também foi atingida Juliana Pereira, de 39 anos, mãe de cinco filhos, que não resistiu aos ferimentos e morreu às 5h25 no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Um outro homem também foi baleado durante o ataque.
A equipe do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) socorreu duas das quatro vítimas. Um homem de 37 anos, ferido no olho, estava consciente e orientado, sendo levado ao Hospital de Base. Outra vítima, também do sexo masculino, foi atingida no braço direito e recebeu os primeiros socorros do SAMU, que realizou o transporte até a unidade hospitalar.

Prisão e investigação

A equipe de Rádio Patrulha 28 (RP 28) da Polícia Militar do distrito Federal (PMDF) estava na 15ª Delegacia de Polícia (DP), registrando uma ocorrência, quando foi abordada por um homem que relatou o tiroteio ocorrido em um baile e informou o paradeiro do autor dos disparos. Segundo o relato, o suspeito estava escondido em um quiosque na mesma quadra. Os policiais foram até o local e encontraram o adolescente com a arma utilizada no crime escondida debaixo de uma prateleira do estabelecimento.

O menor foi apreendido pela PMDF e encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II). Durante o depoimento, o jovem apresentou duas versões diferentes para o crime. Inicialmente, alegou que, cinco dias antes, havia sido agredido com um tapa e decidiu se vingar. No entanto, ao ser ouvido pelos policiais civis, o adolescente afirmou que agiu por conta própria e que o alvo dos disparos seria um traficante que o ameaçava após ele ter perdido uma carga de drogas.
Apesar da confissão, os investigadores não descartam a possibilidade de que o crime tenha sido encomendado, e seguem apurando a existência de um mandante e a real motivação do ataque.

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