
Caso aconteceu em Ponta Grossa. Condenação foi por estupro de vulnerável e ato obsceno. Defesa dele disse que irá recorrer. O psicólogo Alex Sandro Lourenço
Reprodução/Redes Sociais
O psicólogo Alex Sandro Lourenço foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e ato obsceno após ser filmado agarrando uma paciente durante uma consulta em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
A filmagem foi feita em setembro de 2024 por vizinhos do consultório que tinham visão do interior das janelas e registraram o crime sendo cometido. Eles acolheram a vítima, de 23 anos, e chamaram a Polícia Militar (PM-PR), que prendeu o psicólogo.
O g1 teve acesso às imagens do crime, mas optou por não divulgá-las por respeito à vítima e pelo fato de o caso ter tramitado sob sigilo.
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A condenação foi no dia 18 de março.
Segundo a sentença, Alex Sandro Lourenço se aproveitou do exercício da profissão para abusar sexualmente da vítima, “mostrando-se a conduta antiética e destoante do que se espera para profissionais da área da psicologia”.
Ele foi condenado por ato obsceno por praticar relações sexuais em uma sala comercial, sem cortinas, próximo a outros prédios, ciente de que os vizinhos pudessem ver o que acontecia no interior do consultório.
Em 2024, após a prisão do psicológo, ao menos duas ex-pacientes dele procuraram a polícia relatando outros abusos, que, segundo elas, aconteceram em 2021. Os casos não têm ligação com a condenação recente.
A defesa de Alex Sandro Lourenço disse que recorrerá da sentença.
O g1 tenta contato com o Conselho Regional de Psicologia (CRP-PR) e Conselho Federal de Psicologia (CFP) para comentar o caso. No site do Conselho Federal, os números de registro do psicólogo constam como ativos.
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O caso
Sandro Alex foi preso em flagrante em 25 de setembro de 2024.
A gravação do crime, que motivou a prisão, foi feita por vizinhos no mesmo dia. Na ocasião, os vizinhos também entregaram à polícia gravações que fizeram em outras datas de situações similares envolvendo o psicólogo e outras possíveis vítimas.
Sandro Alex foi detido na própria casa porque, segundo a polícia, logo após o crime, ele foi embora do consultório.
À época, o delegado Fernando Vieira, que conduziu o inquérito, contou que o psicólogo negou os crimes e alegou que foi a paciente quem tentou beijá-lo.
O delegado, entretanto, afirmou que as imagens mostraram o oposto.
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