Dr. Rafael Reinert explica o diagnóstico de alopecia de Xuxa: “50% das mulheres acima de 50 anos vão passar por um grau de perda capilar

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Quando Xuxa Meneghel apareceu no Mais Você nessa quinta-feira, 27, e revelou sua luta contra a alopecia androgenética, ela não estava apenas compartilhando uma história pessoal. Estava jogando luz sobre um problema que atinge metade das mulheres acima dos 50 anos, com diferentes níveis de gravidade, mas afetando de forma significativa a autoestima.

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Dr. Rafael Reinert, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica como identificar os primeiros sinais e a importância do diagnóstico precoce no tratamento da alopecia feminina. (Divulgação)


Para entender o que está por trás do diagnóstico da apresentadora e como as mulheres podem enfrentar a queda capilar, conversamos com o Dr. Rafael Reinert, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Associação Brasileira de Cirurgia e Restauração Capilar (ABCRC). E para o alívio de homens e mulheres: há tratamento, mas é preciso agir cedo.

De acordo com o dermatologista, 15% das mulheres têm alopecia androgenética antes dos 40 anos, número que salta para 50% após os 50. E a genética é um fator decisivo no diagnóstico. “É uma condição transmitida tanto pelo pai quanto pela mãe”, explica Reinert. No caso de Xuxa, os fios finos e a baixa densidade capilar já eram um sinal. “sempre teve cabelos loiros e finos. Porém com o passar dos anos por causa da alopecia padrão feminino (nome correto hoje usado para alopecia androgenética em mulheres) teve uma perda significativa na quantidade de fios assim como afinamento progressivo”.

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Reinert orienta como buscar ajuda qualificada e quais são as opções de tratamento disponíveis hoje. (Divulgação)


Durante o programa matinal apresentado por Ana Maria, a Rainha dos Baixinhos contou que raspou os cabelos pela primeira vez em 2019 e que recentemente optou pelo transplante capilar, mas Reinert reforça: há alternativas para cada estágio na alopecia padrão feminino além do transplante. “Dependendo do grau de calvície podemos utilizar tratamento tópico, medicamentoso, uso de medicamentos injetáveis, transplante células tronco mesenquimais, mesoterapia”, explica. Ele ainda complementa que atualmente já existe o transplante capilar de fio longo, em que a mulher não precisa raspar os cabelos, e que a escolha do melhor tratamento deve ser feita com a avaliação de um especialista.

Doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão, além de estresse e uso de hormônios, também podem acelerar a calvície em quem tem predisposição genética. Mas Reinert explica que existem formas de atrasar esse processo. “Bons hábitos de vida, diagnóstico precoce da doença e uso de inibidores da dihidrotestosterona (DHT) podem retardar o processo. Mas como é uma doença crônica, a sua evolução acontece em algum momento da vida. Por isso a necessidade de consultar um especialista”, detalha.

Por que o caso da Xuxa importa?
Ao assumir publicamente a alopecia, Xuxa quebra um tabu que ainda prende muitas mulheres ao medo e ao constrangimento. “Xuxa é um ícone na sociedade brasileira e mostra que o mais importante é você procurar um especialista para saber mais do seu caso e iniciar o tratamento o quanto antes”, diz Reinert.

Para verificar se um dermatologista é especialista em tricologia, acesse www.sbd.org.br

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