
A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu, na manhã desta quinta-feira (10), 23 suspeitos de participação no esquema de fraude milionária em fintech de Florianópolis que desviou mais de R$ 6 milhões. Os mandados de busca e prisão foram cumpridos em oito estados.

Operação prendeu 23 suspeitos de participar em esquema de fraude milionária em fintech de Florianópolis – Foto: Divulgação/PCSC/ND
A segunda fase da “Operação Ghosthunters” investiga coautores – que atuaram junto ao hacker que invadiu o sistema da fintech – e os “conteiros”, que viabilizaram o recebimento dos valores desviados em suas contas bancárias. Segundo a Polícia Civil, a atuação dos indivíduos permitia ocultar a origem ilícita dos valores provenientes da fraude.
Ao todo, foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. As ações ocorrem em 15 municípios: Rio Preto da Eva (AM); Salvador (BA); Caucaia (CE); Caruaru (PE); Belo Horizonte e Betim (MG); São Francisco do Sul (SC); São Bernardo do Campo, Bauru, Cubatão, Itu e Valparaíso (SP); Colorado, Ponta Grossa e Santa Helena (PR).
Segunda fase da Operação Ghosthunters cumpriu mandados em oito estados – Vídeo: Divulgação/PCSC/ND
Os criminosos são investigados pelos crimes de furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático, associação criminosa e lavagem dinheiro. As penas podem atingir até 21 anos de prisão, além de multa.
Hacker foi preso por fraude milionária em fintech de Florianópolis
A primeira fase da Operaçao Ghosthunters prendeu, no dia 20 de fevereiro, o hacker responsável pelo acesso indevido ao sistema da empresa prejudicada. Ao todo, foram realizadas mais de 300 operações fraudulentas. A fraude ocorreu em 15 de julho de 2024.
O hacker, de 21 anos, foi preso em Franca, São Paulo. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, as fraudes ocorreram quando o jovem invadiu a conta de clientes da empresa catarinense.

Hacker de 21 anos foi preso no esquema de fraude milionária em fintech de Florianópolis – Foto: Divulgação/Getty Images/ND
A investigação bloqueou aproximadamente US$ 40.000,00 (40 mil dólares) em criptoativos pertencentes ao autor. Um veículo Fiat/Fastback, avaliado em aproximadamente R$ 120 mil, também foi apreendido, além de um bloqueio judicial de até R$ 4,5 milhões.
Logo após a detecção da fraude, aproximadamente R$ 1,5 milhão foram recuperados por meio do Mecanismo Especial de Devolução do Banco Central e outros procedimentos similares.