Com uma população estimada de 140 mil pessoas sofrendo de epilepsia, Santa Catarina precisa reimplantar o Centro Cirúrgico de Epilepsia, que funcionou entre 2008 a 2015 no Estado. Essa foi uma das demandas apresentadas pela médica neurologista, professora Katia Lin, na reunião com os membros da Comissão da Saúde na manhã desta quarta-feira (9) no Parlamento.
A presença da especialista foi um convite do deputado doutor Vicente Caropreso (PSDB), que observou a importância desse debate para definir políticas públicas para essa parcela da população. “É um problema sério que necessita de apoio, de esclarecimentos e de uma política pública”, observou, pontuando que o debate é para tratar de ações relacionadas ao “Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia”, celebrado em 26 de março.
Katia Lin, que é ex-presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (gestão 2022- 2024), disse que a doença é um desafio complexo, que necessita de uma abordagem multifacetada e multiprofissional e que Santa Catarina já foi referência nacional no tratamento. “Precisamos de apoio para reativar esse programa em Santa Catarina, que era referência nacional ao oferecer tratamento cirúrgico para pacientes epilépticos”, disse. A médica apresentou números a respeito da doença.
Saiba mais
Conforme a médica neurologista, no Brasil, estima-se que cerca de três milhões de pessoas sofrem com epilepsia, que é uma doença neurológica crônica que se caracteriza por crises epilépticas. “A epilepsia é uma doença comum, que afeta homens e mulheres de todas as idades, cerca de 1% da população brasileira, um número que vem aumentando, conforme a proporção de idosos cresce”, alerta.
Ela ainda revela que para enfrentar essa enfermidade é possível promover ações de conscientização, como informar a população sobre a epilepsia, suas causas, sintomas e tratamentos. “Promover a compreensão e desconstruir estigmas, criando um ambiente mais inclusivo”, reitera. Ainda, “iluminar prédios públicos com a cor roxa, em símbolo de solidariedade e apoio aos pacientes e familiares”, sugeriu.
Apoio ao debate
Os membros do colegiado manifestaram apoio a este debate e à adoção de políticas públicas em prol de pacientes epilépticos. Eles observaram que o SUS oferece tratamento, mas que é necessário avançar e se unir à causa apresentada pela médica de reimplantar o Centro Cirúrgico de Epilepsia em Santa Catarina.
“Vamos levar essa demanda à Secretaria de Saúde do Estado”, declarou o presidente da Comissão de Saúde, Neodi Saretta (PT), com o apoio dos demais membros do Colegiado.
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