Presidente afastado de empresa de ônibus suspeita de ligação com o PCC é preso pela terceira vez

FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O empresário Ubiratan Antonio da Cunha, presidente afastado da empresa de ônibus UPBus, foi preso pela terceira vez na noite desta segunda-feira (7), em São Paulo, após decisão da Justiça, por descumprimento de medidas cautelares.

Cunha é um dos investigados na operação Fim da Linha deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) do Ministério Público em abril de 2024 para investigar a ligação entre empresas de transporte público na capital com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ele se entregou no 50° DP (Itaim Paulista), na zona leste de São Paulo, por volta das 23h50.

“Acompanhado de seu advogado, o suspeito se apresentou espontaneamente à polícia em razão de um mandado de prisão preventiva expedido contra ele”, afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
Ubiratan foi encaminhado ao 63º DP (Vila Jacuí), onde permanece detido e aguarda a realização da audiência de custódia.

O advogado de Ubiratan foi procurado, mas não respondeu até a publicação deste texto.

Cunha é réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. No ano passado, ele havia sido preso, em julho e em dezembro, por descumprimento de medidas cautelares que determinavam seu afastamento das atividades profissionais na empresa.

Em janeiro deste ano, a Prefeitura de São Paulo anunciou que irá substituir as empresas Transwolff e UPBus em contratos de concessão de transporte público na capital paulista.

Segundo decreto assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), ainda no fim do ano passado, as empresas foram convocadas a apresentarem suas defesas diante das acusações. Passado o prazo, segundo a gestão municipal, as defesas não foram acolhidas e, por isso, as empresas serão substituídas. Ainda não há prazo para as mudanças nem quando será aberto processo de contratação de novas companhias.

Em nota, a Transwolff repudiou as acusações e afirmou que “a empresa e seus dirigentes jamais mantiveram qualquer relação com atividades ilícitas”. A UPBus não comentou.

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