Jornalista e poeta de Samambaia, Mariana Branco lança livro de estreia 

A jornalista e poeta Mariana Branco lança este mês seu livro de estreia, “Mais uma na multidão”. Publicado pela Minimalismos, editora de Santo André (SP) com tradição em poesia, a obra traz uma seleção de poemas em que a autora se debruça sobre si mesma dissecando a profusão de sentimentos despertados por seu tempo e seu contexto: tristeza, alegria, cansaço, dúvida, solidão, medo, amor, revolta, esperança. A proposta é sair do individual para o universal, buscando conexão a partir da própria experiência. 

Como diz o título, a autora é só mais uma no mar de gente que caminha, chora, ri e vai seguindo. Mas, mesmo sendo mais uma na multidão, vai usar a sua voz. Em linguagem simples e econômica, os poemas não dão muitas voltas para dizer o que pretendem: o essencial. Muitas vezes, são curtos como um pensamento que nos ocorre no meio do dia. 

“É tão assustador – e, em certa medida, reconfortante – que eu não tenha alternativa exceto ser eu”, diz um deles. Outros são mais longos, com dezesseis ou dezoito linhas, mas sempre com a proposta de falar do que se sente sem complicar nem abstrair muito. 

“Durante muito tempo, eu me perguntei se valia a pena publicar e se a minha voz faria diferença. Até que entendi que a minha voz é tão importante quanto a de todo mundo, que é importante falar ainda que seja mais uma voz de uma mulher comum”, diz a autora.  

Segundo ela, a ideia é falar de experiências às quais todos possam se relacionar e, por isso, a opção é pela linguagem acessível. “Para mim, a poesia é parte da vida, do cotidiano. A gente olha para um formigueiro e tem poesia ali. Por isso, não entendo quem faz da escrita algo hermético, apenas para iniciados. Quero que todos me entendam”, afirma. 

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), Mariana passou pela redação de diversos veículos de imprensa da capital federal. Mineira, se considera quase candanga após 20 anos no Distrito Federal. Gosta de Brasília e especialmente de Samambaia, onde vive há uma década. O DF e o cerrado também são parte de sua literatura. 

“Acho Brasília, o cerrado, extremamente poético com esse céu, com a florada das árvores na primavera. Samambaia, por outro lado, foi o lugar onde me senti mais acolhida. A gente tem mais contato com as pessoas e tem um jeitão de cidade do interior. Como passei a infância e a adolescência no interior, em Uberaba, sinto falta disso”, explica. 

A autora, que recorreu a uma editora independente para publicar, defende o investimento em cultura. “Acho que a gente vive o mal do utilitarismo. Vejo gente dizendo que não se deve ‘desperdiçar’ dinheiro público em cultura porque a cultura não seria algo ‘útil’. Mas o que é útil? A gente vive para produzir, mas o que alimenta a alma não é importante?”, questiona. Além disso, em sua avaliação, é mais relevante do que nunca formar leitores. 

“Vivemos na época do Instagram, do TikTok, dos vídeos rápidos, e isso vem influenciando na capacidade de concentração das crianças, dos adolescentes, no que eles gostam e consomem. Ler é uma das melhores atividades para o cérebro porque exige presença”, diz. 

O livro “Mais uma na multidão” pode ser adquirido no site da Editora Minimalismos (confira abaixo). Os interessados no trabalho da autora também podem acompanhá-la no Instagram, pelo perfil @mari_vai_escrever, onde ela compartilha seus poemas. 

Link para adquirir o livro: https://www.editoraminimalismos.com/ 

Serviço: 
Evento: Lançamento do livro “Mais uma na multidão” 
Data: 9/11
Horário: 19hLocal: Sebo & Café Amado Jorge, Quadra 2, Conjunto X, Casa 56, Cruzeiro Velho