Seleção Brasileira: quem é o técnico chileno Manuel Pellegrini na “fila do pão?”

pellegrini

Segundo a mídia espanhola, a CBF volta a flertar com Manuel Pellegrini, técnico chileno que comanda o Betis. O mesmo Pellegrini que, em 2022, já havia sido ventilado para assumir o comando da Seleção. Agora, três anos depois, o nome retorna à pauta — e com ele, uma certeza: a CBF parece mais perdida do que nunca na escolha de seu novo treinador.

Depois de cogitar nomes como Carlo Ancelotti, Jorge Jesus, José Mourinho e Pep Guardiola, a entidade que comanda a pentacampeã mundial parece girar em círculos, sem convicção nem projeto claro. Se Ancelotti era um nome de peso, com currículo de títulos em todos os cantos do planeta, Pellegrini é uma figura que convida à pergunta cruel, mas inevitável: quem é Manuel Pellegrini na fila do pão?

Vamos aos fatos. Pellegrini é um técnico experiente, sim. Passou por clubes importantes: Real Madrid, Manchester City, Villarreal, Málaga, West Ham… Mas o que ele ganhou?

Currículo de títulos de Pellegrini:

         •        Campeonato Chileno (1994, 1995, 1996) – com a Universidad Católica.

         •        Copa Interamericana (1994)

         •        Campeonato Equatoriano (1999) – com a LDU.

         •        Copa Intertoto da UEFA (2004) – com o Villarreal.

         •        Campeonato Inglês (2013–14), Copa da Liga Inglesa (2013–14, 2015–16) – com o Manchester City.

         •        Copa do Rei (2021–22) – com o Betis.

jornal

Um técnico competente, sim. Vencedor, nem tanto. Nunca foi campeão da Champions League, nem da Libertadores. Seus maiores feitos foram levar o modesto Villarreal à semifinal da Champions em 2006 e conquistar uma Premier League com um Manchester City que já nadava em dinheiro. No Real Madrid, mesmo com um elenco milionário, não resistiu nem uma temporada.

É esse o nome para recolocar o Brasil no topo do futebol mundial? A impressão que fica é de que a CBF não sabe o que quer: ora mira um gigante como Ancelotti, ora especula estrangeiros sem histórico relevante em seleções. O Chile, por exemplo, jamais cogitou chamar Pellegrini. E o Brasil, cinco vezes campeão do mundo, pensa.

O problema não é ser estrangeiro. É não ter estofo. Pellegrini pode ser excelente em clubes médios, onde há tempo para construir projetos e menos pressão. Na Seleção, o desafio é outro: vencer agora, jogar bonito e lidar com uma torcida que não aceita menos que o topo.

Cá entre nós, Pellegrini é desespero.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.