Dra. Patrícia Câmara alerta sobre o câncer de testículos

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O Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelou que o câncer de testículo foi responsável por quase quatro mil mortes no Brasil entre 2012 e 2021, das quais 60% ocorreram em homens de 20 a 39 anos. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, foram realizadas mais de 25 mil orquiectomias (cirurgia para retirada de um ou ambos os testículos) no país.

O ex-jogador de basquete brasileiro Nenê Hilário, que brilhou na NBA por quase duas décadas, foi diagnosticado com câncer no testículo em 2008, aos 26 anos. Após passar pelo tratamento, venceu a doença e conseguiu retornar ao esporte, permanecendo ativo até sua aposentadoria das quadras há quatro anos.

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Nenê Hilário superou o câncer de testículo e voltou ao basquete, servindo de inspiração para muitos homens a se conscientizarem sobre a importância da detecção precoce. Imagem: Divulgação.

De acordo com o Ministério da Saúde, o sintoma mais comum da doença é o surgimento de um nódulo duro, geralmente indolor, do tamanho aproximado de uma ervilha. Outros sinais de alerta incluem alterações no tamanho dos testículos, endurecimento, dor imprecisa na parte baixa do abdômen e aumento ou sensibilidade dos mamilos.

A cirurgiã-oncologista Dra. Patrícia Câmara (CRM-SC 13.909 e RQE 10.756) ressalta que este tipo de câncer é raro e curável na maioria dos casos. Segundo ela, a faixa etária mais afetada pela doença é entre 20 e 40 anos, e muitos homens acabam não percebendo os sintomas devido à vida sexual ativa. “As formas de detectar a doença incluem o autoexame, exames de sangue e ultrassonografia com doppler”, explica.

O autoexame deve ser realizado após o banho. Em pé, o homem deve apalpar os testículos para identificar possíveis nódulos ou alterações na forma e consistência.

Tratamento

Conforme o Ministério da Saúde, o tratamento principal é cirúrgico. Quando o nódulo é pequeno e os marcadores tumorais estão normais, pode-se optar por uma biópsia (retirada de um fragmento de tecido para análise microscópica). Se o diagnóstico for positivo para câncer, a remoção parcial ou total do testículo afetado pode ser necessária.

A continuidade do tratamento dependerá da investigação sobre a presença ou possibilidade de disseminação do tumor para outros órgãos. O Ministério da Saúde enfatiza que a função sexual e reprodutiva do paciente dependerá da integridade do testículo remanescente e da necessidade de terapias complementares, como quimioterapia, radioterapia ou controle clínico.

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