MARIA MÁ

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Por Gustavo Mariani*

Para a liturgia católica, Maria foi a melhor mulher do mundo, escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo. Na crônica da II Guerra Mundial, a Maria Mandel foi a pior de todas as xarás, responsável direta pela matança de meio milhão de judias, ciganas e prisioneiras no campo polonês de extermínio de Auschwitz.

Inicialmente, a Maria Má serviu ao nazismo nas prisões de Lichtenburg (1938) e de Ravensbrulck (1939). Era tão má de coração que impressionou os comandantes e foi promovida a supervisora (1942). Tinha prazer em chicotear, espancar da pior maneira possível.

Pouco depois de chegar a Auschwitz, a Maria Má foi promovida a líder do campo, com poderes absolutos sobre prisioneiras e subordinados, mandando menos só do que o comandante Rudolf Hess. Ficou registrado que uma de suas maldades prediletas era ficar diante do portão de entrada do campo e conferir se alguém a espiava. Pagaria caro quem o fizesse.

“A Besta” foi como a Maria Má ficou conhecida em Auschwitz, pois tinha mais prazer, ainda, em selecionar prisioneiros para serem exterminados nas câmeras de gás, principalmente gente que usara até se cansar delas, principalmente crianças, o que rolou até 1944, quando passou para o campo de Dachau.

Um dia, as maldades da Maria |Má teriam de chega ao fim. Chegaram, quando tropas dos Aliados se aproximaram dela. Além de má, a Maria era burra. Fugiu para Munzkirchen, a sua terra, onde foi presa, em agosto de 1945. Passou por vários interrogatórios e deixou comprovadas as suas ações nos campos de extermínio. Em novembro de 1947, após 730 dias presa, foi julgada, na Polônia, por crimes contra a humanidade, e enforcada, em janeiro de 1948, aos 36 de idade – perdeu a cabeça por falta de coração e inteligência. 

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