“Vital, o musical dos Paralamas” – Um espetáculo que celebra 40 anos de história

franco kuster, rodrigo salva e gabriel manita crédito andré wanderley

O Teatro Nacional de Brasília será o palco de “Vital, o musical dos Paralamas”, uma produção que celebra os 40 anos de carreira de uma das bandas mais icônicas do rock brasileiro. O espetáculo transforma as músicas e a amizade do grupo em uma história de força capaz de tocar profundamente o público. “Vital, o musical dos Paralamas” é uma verdadeira homenagem à parceria entre Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, que permanecem à frente da banda desde sua fundação. A montagem estará em Brasília neste fim de semana, com ingressos à venda no Sympla.

Foi em Brasília que os integrantes da banda se conheceram, e a passagem do musical pela cidade marca o retorno das grandes apresentações no Teatro Nacional, que ficou fechado por quase uma década para reformas. Gustavo Nunes, idealizador do projeto, destaca a importância de democratizar a cultura: “Estamos felizes em contribuir para a descentralização das artes cênicas no Brasil. Com a Turbilhão de Ideias, esse tem sido um dos meus compromissos”, afirmou. Ele também ressaltou a relevância de Brasília no cenário musical brasileiro e seu papel na formação de grandes artistas. “Além de ser reduto de muitos fãs dos Paralamas”, completou.

gabriel manita, rodrigo salva e franco kuster crédito andré wanderley
Gabriel Manita, Rodrigo Salva e Franco Kuster. – Foto: André Wanderley

O projeto conta com o apoio da banda, que desde o início acompanhou a criação do texto e a seleção do elenco principal. Gustavo reforça que a proposta foi sempre valorizar a cultura brasileira. “Optamos por focar em um conteúdo nacional e dar destaque às nossas raízes, ao invés de encenar musicais estrangeiros”, destacou.

Longevidade e memória

Além de Gustavo Nunes, Marcelo Pires também está à frente da criação do musical, com direção artística de Pedro Brício, texto de Patrícia Andrade e direção musical de Daniel Rocha. A produção é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura, com o apoio do Ministério da Cultura e da Caixa Vida e Previdência. A obra presta ainda uma homenagem à relação do trio com José Fortes, empresário da banda desde o começo e um verdadeiro “quarto Paralama”.

Patrícia Andrade, autora do texto, explicou que a história é sobre amizade e a longevidade de uma banda que começou na adolescência e continua até hoje. “É também sobre memória, seja afetiva ou seletiva, que toca cada um de uma forma única. O espetáculo é essencialmente emocional”, afirmou. Pedro Brício acrescentou: “Acompanhamos a jornada musical e afetiva desses quatro amigos e as transformações que não foram apenas artísticas, mas também pessoais, influenciando diretamente a criação deles”.

gabriel manita, rodrigo salva, franco kuster, maria vitória rodrigues, hamilton dias e barbara ferr crédito andré wanderley
Gabriel Manita, Rodrigo Salva, Franco Kuster, Maria Vitoria, Rodrigues Hamilton Dias e Barbara Ferr. – Foto: André Wanderley

O elenco conta com Rodrigo Salva interpretando Herbert Vianna, alternando com Nando Motta; Franco Kuster como João Barone; Gabriel Manita no papel de Bi Ribeiro; e Hamilton Dias como José Fortes, o quarto Paralama. Também fazem parte do elenco Barbara Ferr, Herberth Vital, Maria Vitória Rodrigues, Ivanna Domenyco, Pedro Balu e Rodrigo Vechi.

O musical já está concorrendo a quatro indicações ao Prêmio APTR, incluindo Melhor Cenografia para André Cortez, Melhor Figurino para Karen Brusttolin, Melhor Música para Daniel Rocha e Melhor Produção em Teatro Musical para Turbilhão de Ideias, além de uma indicação ao Prêmio Shell de Teatro na categoria Melhor Cenário.

Jornada musical

Quem for assistir ao espetáculo terá a chance de reviver as quatro décadas de história dos Paralamas, desde os primeiros shows amadores até a explosão nacional. O musical retrata momentos marcantes, como a primeira apresentação no Circo Voador, a participação na 1ª edição do Rock in Rio e o acidente de Herbert Vianna em 2001, que mudou para sempre a trajetória da banda. As músicas são o fio condutor do espetáculo, com destaque para clássicos como “Lanterna dos Afogados”, “Busca Vida”, “Óculos”, “Alagados”, “Tendo a Lua”, “Caleidoscópio”, “Romance Ideal” e “Meu Erro”. Patrícia Andrade explicou que, ao construir o texto, as músicas foram escolhidas para refletir tanto os momentos vividos pelos personagens quanto a evolução da banda ao longo dos anos. “Foi difícil deixar algumas faixas de fora. ‘Os Paralamas’ é uma história de amadurecimento, tanto emocional quanto musical”, afirmou.

Representatividade PCD

A autenticidade foi um dos pilares do processo de audição, com foco na inclusão de um ator ou atriz com deficiência. “Foi essencial contar essa história de forma genuína, e não poderíamos fazer isso sem a presença de um PCD no elenco”, explicou Gustavo Nunes. Ele destacou que, embora os teatros estejam mais adaptados para receber público com deficiência, a inclusão de PCDs nos palcos ainda é um desafio a ser superado. “Precisamos garantir que os PCDs também tenham seu espaço nos espetáculos”, completou.

Serviço:
‘VITAL – O MUSICAL DOS PARALAMAS’
Data:
28 a 30 de março de 2025
Local: Sala Martins Pena |Teatro Nacional de Brasília
Endereço: Setor Cultural Norte, Brasília DF
Classificação: 12 anos
Venda de ingressos: Sympla | https://bileto.sympla.com.br/event/103796/d/306362

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