Banco Central ainda avalia impactos do consignado

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (27) que os impactos da ampliação do crédito consignado para trabalhadores celetistas ainda não foram considerados nas projeções da instituição. A declaração foi dada durante a apresentação do Relatório de Política Monetária do primeiro trimestre.

Segundo Galípolo, há incertezas sobre o real efeito da medida, se representará um aumento no crédito disponível ou apenas uma substituição de dívidas antigas. “Temos visto estimativas variadas e dúvidas sobre o fluxo de crédito e seus desdobramentos ao longo do tempo”, explicou.

Criado por medida provisória em 12 de março, o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho amplia o acesso ao crédito consignado para empregados do setor privado com carteira assinada, incluindo trabalhadores domésticos, rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEI). O governo estima que até 47 milhões de pessoas possam ser beneficiadas com empréstimos a juros menores.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, até o dia 25 de março foram registradas mais de 64,7 milhões de simulações e cerca de 8,7 milhões de pedidos de crédito. Até as 17h daquele dia, 48,1 mil trabalhadores haviam contratado R$ 340,3 milhões, com um valor médio de R$ 7.065,14 por pessoa e prazo de pagamento de 21 meses.

Para o presidente do BC, a iniciativa se encaixa em um contexto estrutural de oferta de crédito, buscando substituir modalidades mais caras por opções de menor custo para os trabalhadores.

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