Trump sugere que eliminará ‘cidades-santuário’ para imigrantes nos EUA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta terça-feira (25) que “em breve” poderia tomar medidas para acabar por decreto com as “cidades-santuário”, como são chamados os estados e localidades que limitam a cooperação com os agentes federais de imigração.

“Vamos eliminar as cidades-santuário em algumas destas jurisdições que não cooperam com as forças da ordem” porque “estão protegendo os delinquentes”, afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca.

“É possível que em breve apresentemos uma ordem executiva que ponha fim às cidades-santuário”, acrescentou o magnata republicano, que governa praticamente por decreto desde que retornou à Casa Branca em 20 de janeiro.

Os estados, cidades ou condados-santuário permitem que a polícia se negue a cooperar com agentes migratórios que não apresentem uma ordem judicial ou de prisão.

Entre as cidades se destacam Chicago, Nova York, San Francisco e Los Angeles, e entre os estados figuram, entre outros, Califórnia, Colorado, Connecticut, Illinois, Massachusetts, Nova Jersey, Nova York e Oregon. Em sua maioria, são governados por democratas.

Seus governantes alegam que a linha-dura migratória tem repercussões negativas pois mina a confiança nas autoridades e faz com que os imigrantes em situação irregular sejam reticentes a denunciar crimes.

Também alegam motivos de saúde pública, porque, se os imigrantes estão com medo, vão menos ao médico.

Cerca de 14 milhões de imigrantes vivem de forma irregular nos Estados Unidos. Trump, que transformou a luta contra a imigração ilegal em um dos carros-chefes de seu mandato, costuma classificá-los como criminosos por terem entrado no país sem visto ou autorização.

“Por alguma razão, os democratas querem manter e proteger os criminosos de serem devolvidos a seus países ou de serem enviados à prisão”, afirmou Trump.

Durante uma sessão no Congresso no início de março, os republicanos repreenderam prefeitos democratas de quatro “cidades-santuário” dos Estados Unidos por suas políticas migratórias que classificaram de “pró-criminosos”.

© Agence France-Presse

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