Rafinha acende o pavio de uma bomba em Brasil x Argentina

brasil x argentina

É difícil entender o que se passa na cabeça de um jogador profissional às vésperas de um clássico tão carregado de história, rivalidade e tensão como Brasil e Argentina. Rafinha, ao afirmar que pretende “surrar os argentinos dentro e fora de campo”, ultrapassou todos os limites do aceitável — não só no futebol, mas na civilidade.

Provocar faz parte do jogo. É cultural, é quase folclórico. Mas quando a provocação sai das quatro linhas e flerta com a violência explícita, ela deixa de ser provocação para se tornar incitação. E foi isso que Rafinha fez: incitou. A palavra “surrar” não deixa margem para dúvida. Ele falou em espancar, brigar, agredir. Isso é crime, não é marketing.

A reação dos argentinos veio de imediato. Não só a imprensa tratou do assunto com indignação, mas o próprio técnico da seleção, Lionel Scaloni, foi a público reclamar da postura do brasileiro. E com razão. Essa não é uma fala isolada, é um sinal de alerta. A partir do momento em que um jogador declara guerra, ele precisa estar preparado para a resposta — dentro e, infelizmente, talvez fora de campo.

Se Brasil x Argentina já é um jogo quente por natureza, com histórico de confrontos duros e disputas intensas, o ingrediente adicionado por Rafinha é perigoso. Ele transformou rivalidade em animosidade. E isso tem consequências. Dentro da própria seleção brasileira, é difícil acreditar que suas palavras tenham sido bem recebidas. Jogadores mais tranquilos, como Rodrygo, que não brigam com ninguém, certamente estão apreensivos. Vinícius Júnior, que adora o drible e a provocação técnica, pode virar alvo fácil de uma retaliação.

Rafinha não está apenas jogando contra os argentinos — ele colocou seus companheiros na linha de fogo. E mais: colocou a própria segurança da delegação em risco. Imagine o ônibus da seleção chegando ao estádio sob tensão, com torcedores exaltados, prontos para transformar em violência o que deveria ser apenas um espetáculo esportivo.

O arrependimento, se existe, já não serve para nada. Pedir desculpas agora não apaga a irresponsabilidade. O que nos resta é torcer para que o jogo termine sem cenas lamentáveis — e que o futebol prevaleça sobre a estupidez.

Rafinha foi inconsequente. E que Deus nos livre das consequências.

Acompanhe as atualizações da coluna “Futebol Etc” nas redes sociais, no Twitter e também no Instagram. Mande sugestões para a coluna pelo email [email protected]

Adicionar aos favoritos o Link permanente.