Nunes não promete que vai ficar na prefeitura até o fim do mandato

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou, em evento do grupo Lide nesta segunda-feira (24), que pretende ficar até o final do atual mandato, mas evitou prometer que não deixará o cargo para uma possível disputa do governo do estado nas eleições do ano que vem.

Ao lado do ex-governador João Doria (sem partido), Nunes foi perguntado se prometeria não deixar a prefeitura para substituir Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Palácio dos Bandeirantes em 2026. Após um tempo em silêncio, pensativo, ele respondeu vagamente.

“A minha intenção é ficar quatro anos como prefeito. [Mas] As coisas acabam mudando. Quando eu ia imagina que, como vice de Bruno Covas, eu ia perder o Bruno em 16 de maio e viraria prefeito? As coisas vão acontecendo. A gente só vai tomar qualquer tipo de atitude que seja boa para a cidade e para o projeto. E eu entendo que o projeto de derrotar a esquerda no nível federal, estadual e municipal sempre vai ser importante, porque acredito que um governo liberal seja mais positivo para a sociedade”, disse.

O futuro do prefeito nas próximas eleições está diretamente ligado ao do atual governador, que tem dito a aliados que aceitará disputar a Presidência em 2026 se esse for o desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após a publicação da reportagem da Folha de S.Paulo, no mês passado, Tarcísio negou a intenção e disse que prefere tentar a reeleição em São Paulo, avaliando que suas chances de vitória seriam maiores no estado.

No entanto, se Bolsonaro se mantiver inelegível, Tarcísio é a principal escolha da direita para voltar ao Palácio do Planalto. E, nesse caso, deixaria sua vaga no governo paulista aberta para Nunes.

Em relação ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) por golpe de Estado, a partir desta terça-feira (25), Nunes se disse contra ocorrer nessa instância porque, segundo ele, Bolsonaro não tem foro por não ser presidente. Assim, deveria ser julgado em primeira instância.

Nunes também disse que vai ao ato convocado por Bolsonaro na avenida Paulista, no dia 6 de abril.

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