Trump avalia excluir tarifas alfandegárias de vários setores em 2 de abril

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O presidente americano, Donald Trump, estuda a possibilidade de excluir as tarifas alfandegárias de vários setores previstas para 2 de abril e manter as “recíprocas” para países aliados e rivais, declarou à AFP um funcionário da Casa Branca nesta segunda-feira (24).

Para este dia, Washington havia anunciado tarifas ao México e Canadá, parcialmente adiadas duas vezes, e a setores específicos como o automotivo, o farmacêutico e o de semicondutores.

As tarifas para alguns setores “poderiam ser implementadas ou não em 2 de abril”, declarou à AFP um funcionário da Casa Branca. A situação “ainda é instável”, acrescentou, em um momento de grande nervosismo entre empresas e investidores.

Ainda não se sabe o que irá acontecer com as tarifas previstas para Canadá e México, países aos quais Trump acusa de não combater duramente o tráfico ilegal de fentanil, um opioide causador de milhares de mortes todos os anos por overdose nos Estados Unidos.

O funcionário afirmou, no entanto, que serão aplicadas as tarifas “recíprocas”, que consistem em igualar dólar a dólar as taxas impostas a bens americanos no exterior.

Trump considera muitas destas tarifas “injustas” e denuncia que elas prejudicam a economia americana por infringir as normas do livre comércio. Para ele, 2 de abril será o “Dia da Libertação” para a maior economia do mundo.

Na semana passada, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou à Fox Business que Washington informará a seus parceiros as tabelas das barreiras não tarifárias e das tarifas aduaneiras.

As barreiras não tarifárias podem incluir regulações que fecham de fato um mercado aos produtos de outro país produzidos com normas diferentes, assim como outras práticas como os subsídios que reduzem artificialmente o custo de produção.

Segundo Bessent, se os países puserem fim a esse tipo de prática podem evitar o “muro tarifário”.

Na mesma entrevista, ele adiantou que as tarifas alfandegárias taxarão 15 dos países com desequilíbrios comerciais com os EUA, denominados por ele de “os 15 sujos”.

© Agence France-Presse

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