Mais de 14 mil crianças não têm acesso adequado à água em Roraima

Em Roraima, 14,2 mil crianças não têm acesso adequado à água, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, realizado pelo Unicef, revela que, no estado, 7.580 crianças estão em privação intermediária de água e 6.630 enfrentam uma situação de privação extrema.

A pesquisa, publicada em janeiro e referente a 2023, foi relembrada neste sábado (22), Dia Mundial da Água. Embora o alto número, Roraima não está entre os estados com as situações mais graves de privação de água para crianças e adolescentes.

O Acre, por exemplo, é o estado com a situação mais crítica, com 12,7% das crianças e adolescentes vivendo em locais sem acesso à água canalizada. A Paraíba segue em segundo lugar, com 12,2%, e o Amazonas aparece em terceiro, com 11,3%. O Pará (9,8%) e Alagoas (9,1%) completam a lista dos cinco estados mais afetados pela privação extrema de água.

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Acesso à água no Brasil

Além da falta de acesso à água, o estudo revela que 19,6 milhões de crianças e adolescentes no Brasil vivem sem acesso adequado a saneamento básico, o que representa 38% desse público no país. As áreas rurais são as mais afetadas, com 92% das crianças sem acesso ao saneamento, enquanto nas áreas urbanas esse índice é de 28%.

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O Acre novamente lidera esse ranking, com 31,5% das crianças e adolescentes sem acesso ao saneamento básico. O Amazonas (23,5%), Maranhão (19,8%), Pará (16,9%) e Piauí (13,7%) seguem como os estados com maior privação nesse setor.

Diante desse cenário, o Unicef tem realizado ações em diversas regiões do Brasil, incluindo Roraima, beneficiando mais de 250 mil pessoas em 2024, com foco em escolas, unidades de saúde e comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. A organização enfatiza a importância de políticas públicas que garantam o acesso universal à água e ao saneamento para todas as crianças e adolescentes no país.

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