“Risco de errar”, declarou Antonio Fagundes sobre o remake de Vale Tudo

Amores, estou aqui no mercado comprando algumas coisinhas para a noite de vinho e fondue que vai rolar lá em casa essa noite, quando minha amiga do Cosme Velho me manda um áudio sobre o Antonio Fagundes.

Acontece que o ator foi entrevistado pelo jornal O Globo e deu uma opinião bastante sincera sobre remake de Vale Tudo, lembrando que Fagundes viveu o galã Ivan na primeira versão da próxima novela das 21h que estreia no dia 31.

“Eu acho que o remake tem um sentido: resgatar uma coisa que se perdeu ou melhorar uma coisa que foi malfeita. A Viagem é um exemplo de um bom remake. Nós fizemos o remake de A Viagem na Globo. Ela tinha sido produzida na TV Tupi, mas você não tem um registro da primeira versão. A Tupi queimou esses arquivos”, apontou o astro.

“Pessoas que há 40 anos viram têm uma lembrança, mas não lembram muito bem. Então, vale a pena fazer o remake. A mesma coisa aconteceu com Pantanal, que se perdeu na Manchete. Agora, você fazer o registro de uma obra icônica, que funcionou em todos os seus detalhes, com o registro dela ainda na sua mão, é uma temeridade. Você está correndo um risco de errar muito grande”, apontou o artista.

Longe das novelas desde Bom Sucesso (2019), ele declarou que não pretende voltar tão cedo para a TV. “Às vezes, eu e Christiane (Torloni, com que o ator está em cartaz com a peça Dois de Nós) sentimos que temos um dever cumprido com o passado. Entregamos dez, quinze novelas icônicas para a televisão, obras que ficarão para o resto da vida”, comentou o ator.

“As coisas mudaram. Hoje em dia, está muito mais complicado gravar uma novela. Antigamente era, mas hoje está muito mais. Sinto que teria que haver uma mudança muito grande na estrutura de como as coisas são feitas atualmente para eu ter prazer novamente de fazer novela. Mudar a estrutura mesmo, a forma como é feita. Mudar o tempo que se leva para fazer, organizar melhor em termos de produção mesmo. O prazer de ir lá e fazer a gente tem. Mas chegar lá e fazer às vezes demora tanto que ficamos meio preguiçosos”, explicou Fagundes.

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