Privilégios e populismo: A contradição dos supersalários

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Cédulas de real (Foto: Arquivo)

Bom dia,

Lições primárias de Economia ensinam que a apropriação de riqueza gerado num país é feita pelos agentes econômicos -governos, empresários e assalariados públicos e privados-, através de tributos, lucros/juros e salários. Essa compressão permite entender um pouco da formação dos espectros ideológicos que cada um abraça embalado por seus próprios interesses. Assim, os chamados supersalários no setor público animam muita gente que os recebem a defender com unhas e dentes o tamanho do Estado, a corrupção e a ineficiência. De quebra, essa gente defende políticas públicas populistas para “acalmar a plebe”.

Dessa forma, gente que vive nababescamente com sustentação nesses supersalários assumem uma posição de progressismo e defesa de práticas em políticas públicas bem ligadas ao que se chamam de populismo. É fácil perceber a hipocrisia, basta observar o que postam nas chamadas redes sociais. Ao mesmo tempo, postam mensagens de defesa dos mais fracos economicamente e anunciam com fotos e vídeos de reformas em suas mansões suntuosas. Quanta falta da noção de pertencimento!

Previdenciário

Os vereadores de Boa Vista se reuniram nesta quarta-feira (19) para discutir o projeto de lei do Executivo que propõe alterações no Regime Previdenciário dos Servidores Públicos Municipais (Pressem). A principal mudança é o aumento da alíquota de contribuição dos servidores, que passaria de 11% para 14%, mas o vereador Marcelo Nunes (PDT) alertou para uma possível casca de banana no texto da Prefeitura de Boa Vista.

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Autarquia

Nunes tem cobrado uma melhor discussão da proposta e destacou que o texto também prevê a criação de uma autarquia. De acordo com a Constituição Federal, a medida só poderia ocorrer por meio de lei específica. Para ampliar o debate, uma audiência pública está marcada para o dia 24 de abril, às 18h, no plenário da Câmara Municipal.

Merenda

Em Mucajaí, a Prefeitura assinou um contrato de R$ 4 milhões para o fornecimento de merenda escolar, materiais de higiene, limpeza e descartáveis às escolas municipais, válido por 12 meses. O curioso é que a empresa contratada é um mercadinho de Bonfim, um pequeno comércio que terá que dar conta de um contrato desse porte.

Lanches

Já a Prefeitura de Boa Vista firmou contrato de quase R$ 12 milhões com duas empresas para fornecer lanches e refeições a diversos programas sociais, além de serviços de convivência e usuários da rede de assistência social. As empresas fornecedoras são de Brasília e Boa Vista.

Mudas

A Prefeitura de São João da Baliza firmou um contrato de mais de R$ 1,5 milhão para fornecer cerca de 50 mil mudas frutíferas a produtores familiares, com um custo médio de R$ 30 por unidade. A empresa vencedora, que já está no município há cinco anos, foi escolhida por pregão presencial – modalidade mais comum entre os processos licitatórios que ocorrem nos municípios.

Pegou mal

Que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem se mostrado uma verdadeira inimiga das pautas de desenvolvimento do Norte, isso é fato, mas pegou muito mal a declaração do senador amazonense Plínio Valério (PSDB), que em tom de brincadeira, disse ter vontade de “enforcá-la”. A repercussão foi imediata e rendeu até puxão de orelha do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União).

De todos

Pois é, basta olhar no entranhamento familiar e de compadrio político para ver o quanto são sagazes os políticos roraimenses. Uma rápida observação sobre a postura dos parlamentares em relação de apoio ao governo estadual e ao Executivo municipal para se concluir que essas posturas são devidamente estudadas. Se o parlamentar apoia o governo de Antônio Denárium (Progressistas) a outra banda -não revelaremos as identidades para não criar constrangimentos-, está com os pés fincados no Palácio 9 de Julho, sob a batuta do prefeito Arthur Henrique (MDB). Assim, todas as sobras são aparadas.

Sincronismo

Sem entrar no mérito. O procurador-geral da República Paulo Gonet -que parece ter sido nomeado de encomenda-, tinha cinco dias para emitir parecer sobre a apreensão do passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e não cumpriu o prazo. Poucas horas depois que o parlamentar anunciou seu licenciamento, ele apressou-se em anunciá-lo recomendando que o pedido, feito por deputados petistas, fosse arquivado. Minutos depois, Alexandre de Morais, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o parecer de Gonet.

De fora

Não bastasse a contratação de empresas de fora para a prestação de serviços técnicos, especialmente na área de solução de informática, agora parece que os dirigentes públicos em Roraima – à nível estadual e municipal-, estão contratando tais empresas até para o fornecimento de alimentos. Sem dúvida, é uma miopia do ponto de vista econômico sobre os negócios locais, afinal, é o que os economistas chamam de vazamento de demanda, apequenando os negócios estaduais e municipais. Ou será que existem outros interesses? É uma vergonha! Nunca é bom esquecer o bordão de Bóris Casoy.

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