Potencial econômico do DF no PDOT

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O Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) é fundamental para o planejamento da expansão territorial nas próximas décadas: suas diretrizes vão orientar o crescimento ordenado e sustentável do nosso território. Essa lei deve estimular o desenvolvimento levando em conta aspectos econômicos, sociais e questões relacionadas à urbanidade. É essencial que suas ações levem à dinamização do território através da abertura para um maior leque de atividades; o adensamento populacional, a criação de infraestrutura urbana otimizada, a mobilidade e a preservação do meio ambiente.

O mapeamento que subsidia a revisão do PDOT oferece um panorama das possibilidades para o desenvolvimento de novas áreas que demonstram vocação para o crescimento por estarem situadas em eixos importantes como, por exemplo, o nosso eixo sul, que conecta o DF ao entorno de Goiás, cuja população cresce a uma taxa superior à do próprio DF. 

Percebemos que algumas regiões próximas às centralidades existentes poderiam receber incentivo à ocupação. É natural que os vetores que conectam estas áreas sejam tratados como novos eixos de desenvolvimento, o que promoveria uma ocupação urbanisticamente sustentável, visto que a infraestrutura urbana será otimizada e novas centralidades serão criadas.

Hoje, o Plano Piloto abriga mais de 45% dos postos de trabalho do DF, o que gera um tráfego intenso de pessoas durante todo o dia. Estima-se que cerca de 170 mil trabalhadores vinculados ao DF residem em Goiás, na divisa. É importante refletirmos sobre o porquê de essas pessoas não conseguirem se instalar no DF, o que contribuiria para aumentar a arrecadação e melhorar sua qualidade de vida.

Ao incentivar a dinamização do território, o PDOT pode equilibrar a balança da ocupação ordenada, aproveitando vazios urbanos. A promoção de novas áreas urbanas bem localizadas, com acesso a atividades econômicas e institucionais, amparadas pela mobilidade, abre oportunidades para uma ampla oferta de habitação digna para as diversas camadas da população, resultando em uma melhoria significativa na qualidade de vida de toda a sociedade.

Ana de Paula Fonseca, diretora de Assuntos Ambientais e Responsabilidade Social da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI-DF)

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