Universitário é preso em operação que mirava esquema de atestados falsos vendidos por R$ 60

Foram apreendidos sete carimbos médicos falsificados, 50 atestados já preenchidos com assinaturas fraudulentas e cerca de 200 documentos em branco, prontos para serem preenchidos. (Foto: Divulgação/PCRR)

Um esquema de falsificação e venda de atestados médicos foi desarticulado nesta terça-feira (18) em Boa Vista, durante a Operação Dólon. A ação resultou na prisão em flagrante de um estudante universitário de 32 anos, identificado como A.C.F.R., que foi detido em um imóvel no bairro Asa Branca. No local, policiais encontraram centenas de documentos falsificados e materiais utilizados na fraude.

As investigações começaram em dezembro do ano passado, quando uma empresária desconfiou da autenticidade de um atestado apresentado por uma funcionária. Após entrar em contato com o médico que supostamente assinou o documento, ficou constatado que a assinatura era falsa. O caso levou os investigadores a um técnico em análises clínicas de 44 anos, N.A.F., suspeito de comandar o esquema criminoso.

Ao cumprir um mandado de busca e apreensão na residência de N.A.F., os policiais encontraram um grande volume de atestados falsificados e prenderam A.C.F.R., que estava no local. O técnico em análises clínicas, apontado como mentor da fraude, não foi localizado e segue foragido.

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Esquema funcionava há anos

No imóvel, foram apreendidos sete carimbos médicos falsificados, 50 atestados já preenchidos com assinaturas fraudulentas e cerca de 200 documentos em branco, prontos para serem preenchidos. A investigação aponta que o grupo vendia até 50 atestados falsos por mês, com preços que variavam conforme a urgência e a proximidade de feriados e finais de semana. Cada documento custava, em média, R$ 60.

Segundo a polícia, além de gerar prejuízos para empresas e impactar o sistema de saúde, o esquema colocava em risco a credibilidade da classe médica, já que os nomes e registros de profissionais da área eram usados sem autorização.

Outros suspeitos são investigados

Com a prisão de A.C.F.R., as autoridades agora buscam identificar todos os envolvidos na fraude. Pelo menos 50 pessoas que compraram os atestados já foram identificadas e estão sendo investigadas. O esquema pode estar em funcionamento há cerca de quatro anos.

Nome da operação

O nome Dólon foi escolhido para a operação em referência a um personagem da mitologia grega que tentou enganar os gregos, mas acabou descoberto—assim como os falsificadores que tentavam burlar o sistema de saúde com documentos fraudulentos.

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