Araranguá: Vereadores em desacordo sobre Banco de Ração

Na sessão da Câmara de Vereadores de Araranguá desta segunda-feira (17), o debate sobre o Projeto de Lei Ordinária que visa criar um Banco de Ração e Utensílios PET no município, gerou uma intensa discussão entre os vereadores. O projeto, de autoria do vereador Márcio Pereira da Silva (Mano), busca estabelecer um sistema para a coleta e distribuição de rações e utensílios para as protetoras de animais.

Em sua defesa, Márcio Pereira da Silva (Mano) enfatizou a importância do projeto para as protetoras, que muitas vezes agem sozinhas na luta contra o abandono de animais: “Venho defender uma causa muito importante, a causa dos animais, que estão muito abandonados. Elas [as protetoras] não falam por si próprias. Temos muitos animalzinhos passando fome e essas pessoas, que estão de parabéns, tiram do seu bolso e fazem de tudo para defender isso.” Ele ainda destacou que o projeto é apenas um primeiro passo. “Essas pessoas precisam do nosso apoio, vereadores. E eu creio que todos aqui querem o melhor para o animal e para todos. Temos que ajudar a resolver essa causa.”

Porém, a proposta não foi unânime. O vereador Jorge Girardi levantou críticas à ideia de envolver o poder público na distribuição das doações, afirmando que o projeto poderia trazer mais complicações. “Quando o Estado bota a mão, normalmente faz errado. Vai criar mais problemas porque o município vai pegar a doação e redistribuir como entender. Não vejo necessidade do município no meio desse processo, já que as protetoras podem receber diretamente,” afirmou Girardi, deixando claro seu ponto de vista contra a intervenção do poder público.

Girardi também foi enfático sobre o impacto da distribuição de rações: “Se nós estivermos alimentando os cães, vai aumentar consideravelmente o número de animais abandonados. Porque eu tenho certeza de que algumas pessoas descompensadas vão abandonar animais aqui em Araranguá, acreditando que o município está tratando de animais abandonados.”

Já o vereador Nelson Soares fez uma análise similar e lembrou a importância de focar em soluções mais amplas para o problema do abandono de animais. “É um projeto com boas intenções, mas devemos tomar cuidado com a fiscalização. A ração tem que chegar realmente a quem precisa, e não ser desperdiçada. A questão é mais complexa do que simplesmente distribuir ração, e a sociedade precisa de medidas mais eficazes, como um centro de zoonoses.”

Em sua defesa, Márcio Pereira da Silva (Mano) reafirmou seu compromisso com a causa animal, mas reconheceu que o projeto precisa de mais ajustes. “Eu retiro o projeto. O projeto não foi para gerar polêmica, mas sim para somar. Sei do projeto do vereador Jorge Girardi, e concordo e apoio com ele. Este é um primeiro passo, mas vamos trabalhar juntos para ajustar as questões e fazer com que as protetoras recebam o apoio que merecem.”

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