Presidente do México diz que teve celular e e-mail hackeados

A presidente do México, Claudia Sheinbaum

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse, nesta segunda-feira (17), que teve um celular, cujo número já havia sido vazado, e um e-mail antigo hackeados, e esclareceu que seus telefones e contas oficiais como presidente estão protegidos.

“Hackearam meu telefone e minha conta de e-mail”, disse a presidente durante a habitual coletiva de imprensa matinal, dizendo que os dois meios de contato eram conhecidos por “muitíssimas pessoas”.

“Quem o hackeou? Não sabemos”, prosseguiu a mandatária.

O jornal The New York Times reportou no fim de semana que um telefone de Sheinbaum foi hackeado depois que o México entregou aos Estados Unidos 29 supostos narcotraficantes, como sinal de cooperação na luta contra o tráfico de drogas.

A mandatária explicou nesta segunda que o hackeamento foi comunicado pelo gigante tecnológico Apple “de imediato” ao governo mexicano, que “lidou com o assunto” através da Agência de Transformação Digital e Telecomunicações.

Sheinbaum disse que o número telefônico afetado havia sido vazado nas redes sociais em 2024 durante a campanha para as eleições presidenciais.

Em fevereiro desse ano, a então candidata denunciou a publicação de seu meio de contato e o envio de “mensagens de ódio”.

Nesta segunda-feira, acrescentou que a linha telefônica foi um presente dado em 2008 por uma ativista da esquerda mexicana agora no poder.

Acerca do e-mail, afirmou que é a primeira conta que abriu, um endereço “muito antigo que tem muitíssimas pessoas”.

O governo do México investiga a origem do ataque cibernético, mas as contas e telefones oficiais estão seguros com “todas as condições de cibersegurança”, esclareceu a presidente.

Em suas declarações, Sheibaum também se referiu a supostos comentários do presidente americano, Donald Trump, que lhe teria dito “você é uma durona” quando negociava com ela a suspensão das tarifas de 25% aos produtos mexicanos, segundo o The New York Times.

“Há alguns temas que são certos” e outros que “não são reais”, disse sem entrar em detalhes ao responder a uma pergunta sobre os supostos elogios de Trump por sua capacidade negociadora.

© Agence France-Presse

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