Investigação da PF sobre tráfico internacional cita Gusttavo Lima

Foto: Reprodução/Instagram

Uma investigação da Polícia Federal do Paraná sobre um esquema internacional de tráfico de drogas operado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) a partir do Porto de Paranaguá (PR) cita o nome do cantor Gusttavo Lima como parte do núcleo financeiro. Ele teria sido citado por causa da venda de um avião para sua empresa, a Balada Eventos. Ele não é investigado. As informações são do Estadão.

O porto estaria sendo usado para enviar grandes carregamentos de cocaína à Europa, tendo como principais destinatários grupos na Itália e na Albânia. O caso, batizado de Operação Mafiusi, foi deflagrado em dezembro de 2023 e resultou na emissão de mandados de prisão, busca e apreensão e bloqueio de ativos financeiros de 79 pessoas e empresas. O valor total dos bens apreendidos já chega a R$ 126 milhões.

As investigações apontam a existência de 3 núcleos na organização criminosa: operacional (logística do tráfico), liderança (coordenação das operações) e financeiro (lavagem de dinheiro). A polícia identificou movimentações milionárias por meio de empresas de fachada, contas bancárias de passagem e compras de bens de alto valor, como aeronaves, cavalos e propriedades de luxo.

A operação é um desdobramento de investigações conjuntas entre Brasil e Itália, iniciadas em 2019, após a prisão de 2 membros da máfia italiana no litoral paulista. A cooperação internacional envolveu Interpol, Europol, Eurojust e autoridades espanholas e italianas.

A defesa do cantor Gusttavo Lima negou qualquer irregularidade e afirmou que a transação citada na investigação refere-se à compra de uma aeronave.

ÍNTEGRA DA NOTA DE GUSTTAVO LIMA

“A Balada Eventos, empresa que administra a carreira artística do cantor Gusttavo Lima, esclarece que adquiriu uma aeronave da empresa JBT Empreendimentos e Participações EIRELI, por meio de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na ANAC.

“Não conhecemos a pessoa de Willian Barile Agati. Essa informação deve ser requisitada à família Golin.

“Sobre o questionamento de numerosas empresas registradas no mesmo endereço, esclarecemos que se trata de um prédio comercial, com várias salas comerciais. Cada empresa ocupa uma sala. É totalmente inverídica a informação de que há sete empresas no mesmo endereço”.

Poder 360

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