Conpresp adia análise de proposta que transforma Praça da República em parque com grades; para Nunes, sugestão ‘não tem sentido’


Membros do Conpresp avaliaram precisar de mais elementos para avaliar o tema. Proposta, de autoria do Conseg, foi enviada à prefeitura com mais de 2 mil assinaturas de moradores e comerciantes e pretende dar mais segurança para os frequentadores. Proposta de cercamento da Praça da República será discutida no Conpresp
O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) adiou na tarde desta segunda-feira (4) a avaliação de uma proposta de transformar a Praça da República, no Centro, em um parque com grades.
A proposta, elaborada pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Centro, também prevê a instalação de câmeras de segurança e portões de acesso no local.
Durante uma reunião, os membros do Conpresp avaliaram que precisam de mais elementos sobre o tema e encaminharam a proposta para a Secretaria de Urbanismo da capital, para ter “um outro direcionamento do que possa ser dado para o processo”.
Em agenda nesta segunda, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi questionado sobre a reunião e afirmou que “não vai fechar”a praça porque a sugestão “não tem o menor sentido”.
“A gente tem alguns locais que foram fechados para fazer bosque urbano. São áreas onde você não tem tráfego de pessoas, não tem a convivência das pessoas. E tem um projeto da prefeitura de fortalecer a questão dos bosques urbanos. No caso da Praça da República, não é isso. Não tem a menor possibilidade de fechar. A gente está melhorando a segurança, temos uma ampliação grande de PMs na região, 2.000 GCMs a mais e, com o uso das câmeras do Smart Sampa, vamos melhorar para fazer um trabalho preventivo e investigativo”, afirmou.
O que diz o projeto
Crianças se refrescam na fonte da Praça da República, em São Paulo.
Nacho Doce/Reuters
O projeto foi enviado à prefeitura da capital com um abaixo-assinado com mais de 2.000 assinaturas de moradores e comerciantes do entorno. A ideia é proporcional mais segurança para quem frequenta a área, segundo o texto.
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Segundo Cândido Prunes, presidente do Conseg do Centro, o projeto foi pensado para evitar a sensação de insegurança que afasta as pessoas da região e eleva a presença de criminosos.
“Hoje em dia, a população que mora aqui no entorno da praça não consegue desfrutar dela em nenhum dia da semana por conta dos problemas que a praça enfrenta”, afirma. “Traficantes, consumidores de drogas, prostituição de toda a forma. Isso expulsou a população que antes frequentava a praça”, disse.
Na região central da cidade, outros espaços verdes receberam grades, como a Praça da Sé, em 2023, a Praça Júlio Prestes e a Praça Princesa Isabel, em 2022.
Em nota, a prefeitura informou que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente emitiu um parecer destacando que a transformação em parque poderia impactar o caráter histórico da praça, reconhecida como bem patrimonial tombado por lei municipal.
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