Juiz determina que condenado por atirar contra açougue e matar uma pessoa volte para a prisão no Paraná


Edinaldo Ferreira da Silva foi condenado em 2022, por homicídio, cinco tentativas de homicídio e porte ilegal de arma, mas estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Crime aconteceu em agosto de 2017. g1 aguarda retorno da defesa dele. Crime em açougue: condenado deve voltar à prisão
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), por meio do juiz Claudio Camargo dos Santos, determinou que Edinaldo Ferreira da Silva volte para a prisão em regime fechado. Ele foi condenado a 36 anos de reclusão em 2022, por homicídio, cinco tentativas de homicídio e porte ilegal de arma, após atirar contra um açougue e assassinar um cliente em 2017, em Maringá, no norte do Paraná.
Desde 2020, Edinaldo estava em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, devido as condições de saúde dele. A determinação para que ele volte ao sistema prisional ocorreu na quinta-feira (13).
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Edinaldo foi preso um dia após o crime e ficou detido até 2020, quando a Justiça converteu a prisão preventiva em domiciliar por entender que ele fazia parte do grupo de risco da Covid-19. Isso porque, ele estava em tratamento de uma doença chama estenose de uretra, que consiste no estreitamento do canal que transporta a urina para fora da bexiga.
A defesa alegou que havia a necessidade de realização de diversos procedimentos médicos, que não seriam possíveis, estando na prisão. Após a condenação dele, a prisão domiciliar foi mantida, com o monitoramento.
Contudo, o assistente de acusação pediu pelo retorno de Edinaldo ao regime fechado, considerando que a doença dele está estável. De acordo com o Ministério Publico (MP-PR), uma declaração médica recente confirmou que o tratamento dele terminou em outubro de 2024 e, desde então, ele precisa apenas tomar antibióticos e fazer consultas ambulatoriais.
“Por mais que a doença acometida seja de fato complexa, havendo a necessidade de realização de acompanhamento médico contínuo e intervenções pontuais, é de entendimento consolidado do STF e STJ que a prisão domiciliar só pode ser concedida a presos com doenças graves, especialmente quando o tratamento necessário não é oferecido no sistema prisional. Não havendo informações sobre a ausência de oferecimento do tratamento necessário ao acusado, não se pode, apenas por um ‘achismo’ determinar a prisão domiciliar com monitoração eletrônica. Aliás, segundo consta, há mais de 20 anos o sentenciado seria acometido dessa doença que pode e deve ser tratada, quando houver necessidade, nos termos da Lei de Execução Penal”, opinou o MP-PR.
O g1 entrou em contato com o advogado de defesa de Edinaldo e aguarda retorno.
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Edinaldo tinha ido comprar um frango assado, se irritou com a demora e atirou contra o açougue
Vídeo mostra momento em que homem atira contra açougue em Maringá
O crime aconteceu no dia 20 de agosto de 2017. Testemunhas contaram à Polícia Civil que Edinaldo teria discutido com a atendente e o dono do açougue.
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De acordo com as versões relatadas aos investigadores, ele foi ao local comprar um frango assado e teria se irritado com a demora no atendimento. Porém, antes de ir embora, atirou, de dentro de uma caminhonete, pelo menos seis vezes contra o açougue.
Adelso Donizete Ferreira, que tinha 41 anos foi atingido por um dos tiros e morreu no local. Outra vítima foi um senhor de 61 anos, que levou um tiro no braço e sobreviveu. Veja no vídeo acima.
Edinaldo fugiu mas foi preso um dia após o assassinato. O crime aconteceu quando mais de 20 pessoas estavam no estabelecimento.
Condenado a cumprir 36 anos de prisão
O julgamento de Edinaldo aconteceu no dia 11 de agosto de 2022. Ele foi condenado a 36 anos pelo crime cometido em Maringá.
Ele não compareceu ao julgamento. A defesa apresentou um atestado médico, justificando que Edinaldo não poderia comparecer ao Tribunal do Júri pois havia passado por uma cirurgia.
Segundo a polícia, no momento dos disparos, cerca de 20 pessoas estavam no açougue
Honório Silva/RPC Maringá
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