Defesa Civil diz que estragos apontam ventos de até 101 km/h em SP durante temporal

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DIEGO ALEJANDRO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Defesa Civil de São Paulo afirma que os ventos durante o temporal que atingiu as regiões central e oeste da capital paulista na tarde desta quarta (12) podem ter chegado a até 101 km/h.

A estimativa, segundo o órgão, foi feita com base nos estragos causados pelas rajadas e pelos vídeos da população durante o temporal, já que as estações de medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e da FAB (Força Aérea Brasileira) na cidade registraram ventos de no máximo 61 km/h.

“Pelos vídeos gravados pela população onde aparecem galhos, painéis e placas voando, além de mais de 300 árvores caídas, segundo dados da Prefeitura de SP, muitas de grande porte é possível que os ventos tenham sido mais intensos”, afirma nota da Defesa Civil.

O órgão afirma os fatores combinados indicam categoria 10 na escala Beaufort, quando as rajadas ficam entre 87 km/h e 100 km/h.

Essa escala é feita de maneira empírica, levando em conta a intensidade dos ventos e seus efeitos, e vai de 1 a 12. A métrica costuma ser utilizada pela Marinha.

Nesta quarta, as estações meteorológicas do Inmet registraram rajadas de 26 km/h, no Mirante de Santana (zona norte), e 36 km/h, em Barueri (na Grande SP).

Já nas estações da FAB, foram registradas ventos de 43 km/h com rajadas de 61 km/h, no aeroporto do Campo de Marte (zona norte), e em Guarulhos (Grande SP), ventos de 43 km/h com rajadas de 50 km/h.

“Segundo os meteorologistas, o que explica a medição inferior é que a tempestade passou por entre as estações meteorológicas e estas não conseguiram registrar o vento máximo ocorrido”, afirma a noda da Defesa Civil.

O recorde de ventania na capital foi registrado em outubro de 2024, com 107,6 km/h na zona sul da cidade. Desde 1995, quando começaram as medições da Defesa Civil, a cidade não havia registrado ventos tão fortes.

A Prefeitura de São Paulo afirmou na manhã desta quinta (13) que a cidade recebeu 343 chamados para árvores caídas após o temporal e que 63 vias ainda seguiam com faixas interditadas para retirada dos exemplares arbóreos.

Um taxista de 43 anos morreu após o carro em que estava ser atingido por uma árvore na avenida Senador Queiroz, na região da Sé, no centro.

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