Pesca Tainha: Restrição pode afetar famílias de Palhoça

Uma nova normativa do Governo Federal que limita a pesca da tainha nas regiões Sul e Sudeste do Brasil está gerando preocupações entre pescadores e gestores municipais. Com base na avaliação de estoque de 2023, a safra de 2025 terá um limite máximo de captura de 6.795 toneladas, o que pode impactar significativamente a pesca artesanal em Santa Catarina. De acordo com dados da Fepesc (Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina), cerca de 20 mil pessoas dependem dessa atividade no estado.

Pesca artesanal e seu impacto social

A pesca artesanal é considerada uma atividade social no litoral catarinense, envolvendo todas as faixas etárias da comunidade. Tradicionalmente, as famílias pesqueiras se reúnem para a captura, e o resultado do trabalho é compartilhado entre todos, com cada um recebendo uma parte do peixe. Esta prática não só sustenta as famílias, mas também mantém viva a cultura e as tradições regionais, que podem ser afetadas pela redução da cota de pesca.

Preocupação das autoridades locais

Em Palhoça, um dos municípios que serão afetados, o secretário de Maricultura e Pesca, Adelino Keka, manifestou sua insatisfação com a restrição. “Não podemos aceitar essa medida, pois afeta diretamente nossa cultura, tradição e economia. O pequeno pescador, que depende da venda das tainhas, enfrentará sérios prejuízos. A pesca é um dos pilares da nossa comunidade, e não podemos permitir que políticas assim prejudiquem nossa população”, afirmou.

Com o impacto que a restrição pode causar, tanto no sustento das famílias pesqueiras quanto na economia local, há um apelo para que mais discussões sejam feitas para encontrar soluções que equilibrem a conservação da espécie com a manutenção da atividade pesqueira artesanal.

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