Avisamos a Ronaldo em novembro que a chance dele numa eleição da CBF seria “zero”

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Ronaldo Nazário anunciou oficialmente, nesta quarta-feira (12), a retirada de sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em comunicado divulgado em suas redes sociais, o ex-jogador citou a falta de apoio das federações estaduais como principal motivo para a desistência. Segundo Ronaldo, 23 das 27 federações se recusaram a recebê-lo, expressando satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição do presidente interino, Ednaldo Rodrigues.

Não foi por falta de aviso. Quando surgiram os primeiros rumores do seu interesse em concorrer à CBF, em novembro passado, alertamos aqui na coluna Futebol Etc que as chances dele estariam próximas de zero. Não deu outra.

O processo eleitoral da CBF é estruturado de forma que as federações estaduais possuem um peso significativo na escolha do presidente. Cada uma das 27 federações tem voto com peso 3, totalizando 81 pontos. Os 20 clubes da Série A possuem votos com peso 2, somando 40 pontos, e os 20 clubes da Série B têm votos com peso 1, totalizando 20 pontos. Dessa forma, as federações, juntas, detêm a maioria dos votos, podendo definir a eleição mesmo sem o apoio dos clubes. 

Além da falta de apoio das federações, a candidatura de Ronaldo enfrentava outro obstáculo: possíveis conflitos de interesse. O ex-jogador possui empresas ligadas ao futebol e é sócio de jogadores, o que poderia gerar incompatibilidade com o cargo de presidente da CBF, conforme o código de ética da entidade. 

Diante desse cenário, a desistência de Ronaldo reflete as dificuldades enfrentadas por candidatos que não possuem o respaldo das federações estaduais, evidenciando a influência dessas entidades no processo eleitoral da CBF.

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