Com pênalti polêmico, Palmeiras vence o São Paulo e encara o Corinthians na final

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um polêmico pênalti sofrido pelo estreante Vitor Roque ajudou o Palmeiras a vencer o São Paulo na noite desta segunda-feira (10), no Allianz Parque, por 1 a 0, resultado que definiu o segundo classificado para a final do Campeonato Paulista 2025.

Ocorrido nos minutos finais do primeiro tempo, o lance capital gerou muita reclamação dos jogadores da equipe tricolor. Depois de um erro do São Paulo na saída da defesa, a bola sobrou para Vitor Roque, que se chocou com Arboleda. Para os visitantes, o jogador do time da casa foi quem buscou o encontro.

Mesmo com as reclamações, o árbitro Flavio Rodrigues Souza não foi chamado pelo VAR para analisar a disputa no vídeo -Rapahel Veiga foi quem converteu a cobrança, já nos acréscimos, aos 46 minutos.

Até então, havia um equilíbrio no clássico, com boas chances dos dois lados. O cenário foi semelhante no segundo tempo, mas com a vantagem no placar o Palmeiras teve mais tranquilidade para jogar e segurar a vitória.

Classificado à decisão, o time de Abel Ferreira vai enfrentar o Corinthians na decisão, única fase que será disputada em dois jogos -o primeiro será no Allianz Parque, no dia 16, e o segundo na Neo Química Arena, no dia 27, uma quinta-feira, datas que a FPF (Federação Paulista de Futebol) ainda precisa confirmar.

COMBATE AO RACISMO

Antes do confronto, o Palmeiras promoveu uma série de ações de combate ao racismo. Em nota, o clube afirmou que a iniciativa “tem como objetivo dar luz a este grave problema que, infelizmente, segue sendo muito presente na sociedade e também em partidas de futebol”.

O comunicado lembrou que um dos casos mais recentes envolveu o atacante Luighi, do time sub-20 da equipe alviverde, alvo de injúria racial em jogo da Libertadores de sua categoria contra o Cerro Porteño, na última quinta-feira (6), no Paraguai.

Durante o confronto, torcedores do time rival fizeram gestos imitando macaco na direção do brasileiro. Um deles, próximo à grade que dividia o campo da arquibancada, segurava uma criança no colo. A partida, válida pelas quartas de final, não foi paralisada no momento do ocorrido.

O episódio uniu clubes brasileiros, inclusive rivais históricos do Palmeiras, como Corinthians e São Paulo, para pressionar a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) por punições mais duras à equipe paraguaia, multada em US$ 50 mil (R$ 289 mil).

“Se você atrasa [para ir ao campo] são 100 mil dólares. São 78 mil se acender sinalizador. Vejam como a Conmebol encara o crime de racismo. É um absurdo”, criticou Leila Pereira, presidente do Palmeiras.

Diante da situação, ela disse que pretende apresentar aos clubes brasileiros uma proposta para deixar a Conmebol e se filar à Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e Caribe).

“Já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime [racismo], não consegue tratar os brasileiros com o tamanho que os clubes representam à Conmebol, por que não pensar em nos filiarmos à Concacaf? Só assim vão respeitar o futebol brasileiro. É uma coisa a se pensar”, afirmou.

De acordo com a dirigente, clubes filiados à Libra e à LFU enviaram nesta segunda-feira (10) uma carta à Fifa (Federação Internacional de Futebol), pedindo que a entidade intervenha nos casos de racismo e na própria Conmebol.

Antes do jogo com o São Paulo pela semifinal do Paulista, as mascotes dos Palmeiras levaram a campo um bandeirão com o tema #SomosSociedade, mencionando uma campanha lançada pelo clube em 2024 para combater todo tipo de discriminação.

Convidado pela equipe da casa, o rapper Rincon Sapiência evocou um minuto de barulho contra o racismo logo após o término do aquecimento dos atletas. Além disso, os jogadores exibiram uma faixa com a frase “Todos contra o racismo”.

O São Paulo também promoveu uma ação, com os jogadores carregando os dizeres “Racismo = menos 3 pontos pontos” na manga da camisa. O clube defende que atos de racismo em partidas de futebol gerem punições não só na esfera criminal, mas também esportiva.

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