Justiça espanhola investiga duas ex-autoridades do governo de Valência por mortes nas enchentes

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Um tribunal espanhol anunciou, nesta segunda-feira (10), que está investigando duas ex-autoridades do governo de Valência por homicídio pelas mortes causadas pelas enchentes na região em outubro, embora tenha se recusado a interrogar o presidente regional, que tem sido amplamente criticado pela forma como lidou com a tragédia.

O tribunal de instrução da localidade valenciana de Catarroja convocará a ex-chefe de Emergências do governo regional, Salomé Pradas, e seu número dois, Emilio Argüeso, para depor como suspeitos no processo pelos crimes de homicídio e lesões por negligência, informou em um comunicado à imprensa.

O tribunal, no entanto, se recusou a convocar também como investigado o presidente regional Carlos Mazón, conforme solicitado por uma associação de vítimas, embora tenha indicado que o líder pode depor como testemunha se assim for solicitado.

Mazón, cuja renúncia foi reivindicada por milhares de valencianos em vários protestos, foi duramente criticado pela forma como lidou com a crise, especialmente por não ter explicado o que fez entre a hora do almoço, quando almoçou com uma jornalista, até chegar ao centro de coordenação de emergências (Cecopi) à noite.

A juíza elevou para 225 o número de mortos pelas enchentes na Comunidade Valenciana, somando-se às 224 contabilizadas até agora uma mulher com leucemia que morreu em um hospital por falta de assistência.

© Agence France-Presse

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