Doenças cardiovasculares é a principal causa de morte das mulheres brasileiras

O levantamento “Evolução da mortalidade cardiovascular em mulheres”, realizado com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e lançado pelo Observatório da Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, concluiu que 37.332 mulheres morreram no Brasil em 2023 devido a infartos agudos do miocárdio (IAM) e outras 18.571 morreram por hipertensão, que é a quarta causa de morte de pessoas do sexo feminino e vitima mais mulheres do que homens.

As doenças cardiovasculares, definidas como alterações estruturais ou funcionais do coração ou do sistema circulatório, mataram 182.066 mulheres brasileiras em 2023. Nesse ano, as mulheres representaram 47,2% do total de mortes desse tipo, proporção que se mantém relativamente estável desde 2000.

Em relação ao infarto, as vítimas do sexo feminino representaram 40% do total de 93.335 mortes no país. Quanto aos óbitos por hipertensão, as mulheres foram 54,4% do total de 34.155.

“Os dados mostram a estabilidade das doenças cardiovasculares como a principal causa de morte das mulheres. Mas, em geral, o que se nota é que não há uma percepção dessa realidade pelas pessoas e nem mesmo pelos serviços de saúde. Em particular, o infarto continua a ser visto como uma doença que afeta os homens, mesmo sendo a primeira causa de morte entre as mulheres”, destaca Aurora Issa, cardiologista e Diretora do INC.

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