Washington sanciona altos comandos dos huthis do Iêmen

yemen palestinian israel conflict protest

Os Estados Unidos sancionaram sete membros de alto escalão dos rebeldes huthis do Iêmen, acusados de importar armas ilegalmente para o país devastado pela guerra, e outro membro do movimento que supostamente enviou civis iemenitas para lutar na Ucrânia com forças russas.

As sanções foram anunciadas nesta quarta-feira(5), um dia após a Casa Branca designar o grupo apoiado pelo Irã como “organização terrorista internacional”.

Os sete sancionados “contrabandearam produtos de uso militar e sistemas de armas para áreas controladas pelos huthis no Iêmen, e também negociaram para que os huthis obtivessem armas da Rússia”, disse o Departamento do Tesouro em um comunicado.

Entre os sancionados está o líder do conselho político, Mahdi al-Mashat, o líder político mais antigo dos huthis. O porta-voz, Mohamed Abdulsalam, baseado no Sultanato de Omã, também foi atingido.

O envio de voluntários iemenitas para lutar na Ucrânia representa uma fonte adicional de receita para o grupo, segundo Departamento do Tesouro.

“Ao tentar se armar com um número crescente de fornecedores internacionais, os líderes huthis demonstraram disposição em continuar suas ações perigosas e desestabilizadoras na região do Mar Vermelho”, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Desde novembro de 2023, os huthis, que controlam grandes áreas do território iemenita, incluindo a capital Sanaa, realizam ataques na costa do país contra navios de carga que alegam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos e ao Reino Unido. Eles agem em solidariedade aos palestinos pelas operações militares de Israel em Gaza.

Os ataques interromperam a navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, uma zona marítima vital para o comércio global.

Os Estados Unidos enviaram uma coalizão naval multinacional que atacou alvos rebeldes no Iêmen.

© Agence France-Presse

Adicionar aos favoritos o Link permanente.