O Santos já vive uma queda de braço nos bastidores com a chegada de Neymar

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A tão aguardada volta de Neymar ao Santos trouxe consigo um turbilhão de expectativas e emoções para os torcedores. Mas, nos bastidores, a chegada do astro parece ter acendido um conflito silencioso, porém crescente, dentro do clube. E o primeiro sintoma dessa disputa já está à vista: a guerra de interesses em torno do futuro estádio do Santos.

De um lado, o presidente Marcelo Teixeira, que já tinha um acordo com a W Torre para a construção de uma nova arena no mesmo local da Vila Belmiro. Do outro, Neymar Pai, que, com carta branca para buscar investidores para a SAF santista, estaria articulando um projeto de um superestádio em Cubatão, contando com financiadores árabes interessados na empreitada.

A insatisfação de Marcelo Teixeira com essa possibilidade ficou clara em sua fala durante uma reunião do Conselho Deliberativo do Santos. Além de duras críticas à ideia de deslocar o estádio para Cubatão, o presidente fez um paralelo com o Santiago Bernabéu, dizendo que, na reforma do estádio do Real Madrid, ninguém cogitou abandonar o local histórico para erguer uma nova arena em outro terreno. “Não consigo jogar em Cubatão, consigo jogar na Vila Belmiro”, disparou Teixeira, deixando evidente sua oposição à proposta de Neymar Pai.

Essa movimentação não passou despercebida nos bastidores, e já há quem interprete o embate como um conflito direto entre Marcelo Teixeira e Neymar Pai, algo que, no final das contas, pode gerar instabilidade dentro do clube e afetar diretamente o torcedor santista.

A “cutucada” do pai de Neymar

Mas essa disputa não se restringe apenas ao campo institucional. Um outro episódio recente também levantou suspeitas sobre um possível tom de provocação por parte de Neymar Pai à atual gestão santista.

O empresário publicou em suas redes sociais um antes e depois do ambiente dos camarotes da Vila Belmiro. No vídeo inicial, os espaços aparecem acanhados, sem enfeites ou qualquer toque especial. Já no vídeo seguinte, após uma intervenção feita pelo próprio Neymar Pai – e, ao que tudo indica, bancado com dinheiro do próprio bolso –, o camarote aparece reformado, com posters de Neymar e Pelé nas paredes, decoração melhorada e até petiscos para os visitantes.

Dentro do Santos, a postagem foi interpretada por alguns como uma mensagem indireta ao presidente e à diretoria. O subtexto seria claro: “é assim que as coisas devem ser feitas”, um recado que, na visão de alguns, reforça o tom de disputa interna entre os dois grupos.

A “novela” está apenas começando, mas a grande questão é: essa disputa pode fortalecer o Santos ou colocar o clube em um novo período de turbulências? O que parece certo, por enquanto, é que a volta de Neymar não significa apenas um reforço dentro de campo, mas também um redesenho do jogo político e financeiro nos bastidores do clube. E o torcedor santista, como sempre, estará no centro desse tabuleiro.

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